segunda-feira, 9 de agosto de 2021

IPCC, da ONU, diz que humanos elevaram temperatura da Terra em 1ºC

 









O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, organização ligada à ONU que estuda os efeitos da interferência humana no aquecimento global, divulgou nesta segunda-feira o seu mais recente relatório. Os dados mostram que as temperaturas estão subindo mais rápido do que se pensava, aproximando o planeta do chamado ponto inflexão.

Entre outros destaques, o relatório trouxe um dado alarmante: os seres humanos são responsáveis por um aumento de 1,07°C na temperatura do planeta.

"Trata-se da advertência mais séria já feita" sobre o aquecimento global, afirmou o presidente da COP26, Alok Sharma, ao antecipar ao jornal The Guardian o tom da nova versão do documento que, até então, não havia quantificado a responsabilidade das ações humanas no aumento da temperatura na Terra

Para Alok Sharma, presidente da COP26, conferência do clima da ONU que acontece em novembro, na Escócia, será a “advertência mais séria já feita” sobre mudanças climáticas. “Ainda temos tempo, mas não podemos esperar dois anos”, afirmou o ministro britânico, em entrevista ao jornal The Observer.

O IPPC apontou uma chance de 40% de o aumento da temperatura global na era industrial atingir 1,5oC em algum dos próximos cinco anos. Se isso acontecer, terá se quebrado uma barreira muito arriscada.

No Acordo de Paris, ficou estabelecido que os signatários (praticamente todos os países do mundo, inclusive o Brasil) se comprometem a manter o aquecimento global em 2oC até a metade do século e a buscar esforços para limitá-lo a 1,5oC. Esse marco é importante pois, a partir dessa temperatura, as chances de haver uma mudança permanente nos ecossistemas aumenta perigosamente, ou seja, esse é o tão temido ponto de inflexão.

Ainda há tempo para conter as mudanças climáticas?

Apesar dos dados alarmantes, o relatório também irá mostrar que há tempo para evitar a tragédia. A ciência mostra que, para isso, é preciso atingir a neutralidade em carbono o mais rapidamente possível, e no máximo até 2050.

A grande aposta da humanidade, neste momento, está na COP26. A expectativa é que a conferência destrave alguns pontos importantes do Acordo de Paris, em especial a criação de um mercado global de carbono, o que depende da regulamentação do seu artigo 6.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tem dado a entender que não poupará esforças para que a COP26 seja um sucesso, tão ou mais relevante do que a de Paris, em 2012. E Sharma é a pessoa encarregada da missão.

Na semana passada, ele esteve no Brasil para se encontrar com empresários, cientistas e membros do governo. O presidente Jair Bolsonaro chegou a marcar com o enviado duas vezes, porém, não o recebeu.

Fonte: https://invest.exame.com/esg/fim-do-mundo-ipcc-temperaturas-subindo?utm_source=crm&utm_medium=email&utm_campaign=esg_newsletter&utm_term=fim-do-mundo-ipcc-temperaturas-subindo&utm_content=consideration_36-onda_cadastrados_09-08-2021-ESG

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