Por conta da estiagem severa, o Rio Tietê, que corta o centro de Salto (região de Sorocaba-SP), transformou-se num fio de água e expôs toneladas de lixo acumulado ao longo de décadas
Foto: Divulgação/Prefeitura de Salto
Terminou no último sábado, 2 de agosto, o prazo para que o Brasil encerrasse o descarte irregular de lixo, conforme determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionada em 2010. Mas o cenário de gestão de resíduos pouco se alterou nestes quatro anos.
Em 2013, o país gerou 76 milhões de toneladas de resíduos sólidos. Quase metade disso foi parar em lixões ou em aterros de baixa segurança, colocando em risco a saúde do meio ambiente e da população. Pior, quase 10% de todos os resíduos que produzimos no ano passado sequer foi coletado pelos municípios, sendo lançado em rios e áreas clandestinas.
A política do laissez-faire com relação ao manejo do lixo resulta em situações como a que deixou atônita a população da região de Salto, em Sorocaba, na semana passada. Por conta da estiagem severa, o Rio Tietê, que corta o centro da cidade, transformou-se num fio de água e expôs toneladas de lixo acumulado ao longo de décadas.
Exame.com listou 10 números que mostram como o Brasil ainda cuida muito mal do seu lixo. Os dados são do novo Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2013. O estudo anual foi lançado nesta semana pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
A política do laissez-faire com relação ao manejo do lixo resulta em situações como a que deixou atônita a população da região de Salto, em Sorocaba, na semana passada. Por conta da estiagem severa, o Rio Tietê, que corta o centro da cidade, transformou-se num fio de água e expôs toneladas de lixo acumulado ao longo de décadas.
Exame.com listou 10 números que mostram como o Brasil ainda cuida muito mal do seu lixo. Os dados são do novo Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2013. O estudo anual foi lançado nesta semana pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
- 76 MILHÕES DE TONELADAS: é quanto o Brasil gerou de resíduos sólidos em 2013;
- 7,2 MILHÕES DE TONELADAS: quase 10% do total gerado sequer foi coletado, sendo lançado em rios e áreas clandestinas;
- SÓ 58,3% dos resíduos sólidos urbanos coletados tiveram destinação final adequada;
- Enquanto 41,7% do total coletado no ano (cerca de 28,8 milhões de toneladas) foi depositado em lixões e aterros que não garantem condições de segurança;
- 3.344 MUNICÍPIOS encaminharam seus resíduos para locais inadequados. Destes, 1.569 utilizaram lixões, que é a pior forma de destinação;
- NORDESTE TEM A PIOR SITUAÇÃO: 837 cidades usam lixão. A região é seguida pelo Norte (247 cidades), Sudeste (206), Centro-Oeste (158) e, por último, a região Sul (121);
- POUCO MAIS DE 62% DOS MUNICÍPIOS registraram alguma iniciativa de coleta seletiva*. *Muitas vezes estas atividades resumem-se à disponibilização de entrega voluntária ou convênios com cooperativas de catadores;
- MAIS DE 42 MILHÕES DE TONELADAS de resíduos de construção e demolição foram descartados em vias públicas em 2013, um aumento de 4,6% em relação a 2012;
- 1 Kg: Quantidade de resíduo sólido que cada brasileiro gerou, em média, por dia em 2013;
- R$ 114,84: Foi quanto os municípios gastaram, em média, por habitante/ano na coleta e demais serviços de limpeza urbana. Isso dá menos de R$ 10 por habitante ao mês.
fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2014/10-numeros-assustadores-que-revelam-o-descaso-do?tag=rrr
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