A Agência Nacional de Águas (ANA) divulga o Atlas Brasil – Abastecimento Urbano da Água, uma plataforma digital que consolida um amplo trabalho de diagnóstico e planejamento nas áreas de recursos hídricos e saneamento no Brasil. Num contexto de crise hídrica vivido neste ano de 2015, o Atlas figura como ação fundamental já que avalia os mananciais e sistemas de produção de água de cada sede urbana, indicando as principais obras e ações de gestão para o atendimento das demandas até 2025.
Em um processo participativo e consensual, a elaboração do ATLAS contou com a mobilização de uma equipe multidisciplinar e a parceria de diversas instituições, assegurando a convergência de decisões entre as instâncias de planejamento federal, estadual e municipal e, ao mesmo tempo, a integração desejada entre a gestão do uso da água e o abastecimento urbano.
A partir dos resultados de diagnóstico detalhado, em que foram avaliados todos os mananciais e sistemas de produção de água de cada sede urbana, são indicadas as principais obras e ações de gestão para o atendimento das demandas até 2025. Adicionalmente, são indicadas ações de coleta e tratamento de esgotos necessárias para a proteção da qualidade das águas dos mananciais.
Ao abordar também os custos das soluções propostas e os arranjos institucionais mais indicados para viabilizá-las, o ATLAS se insere em um contexto mais amplo de planejamento e formulação de políticas públicas, oferecendo um portfólio de projetos e obras abrangente e disponibilizando ferramenta adequada para a tomada de decisões e a racionalização de investimentos.
O Atlas Brasil é fruto de uma sequência de estudos que vêm sendo desenvolvidos desde o ano de 2005 e que se iniciaram pela Região Nordeste, tiveram continuidade com a Região Sul e as Regiões Metropolitanas de todo o País e agora incluem a totalidade do território nacional, ampliando e aprimorando a primeira experiência bem-sucedida com o Atlas Nordeste para todos os 5.565 municípios brasileiros.
Entre 2005 e 2009, os Atlas Nordeste, Regiões Metropolitanas e Sul avaliaram 2.963 municípios, os quais representaram 77% da população urbana do país, conforme segue:
Atlas Nordeste: teve sua primeira versão realizada entre 2005 e 2006, abrangendo 1.384 sedes urbanas localizadas nos nove estados da Região Nordeste e no norte de Minas Gerais (bacias dos rios Pardo, Mucuri, Jequitinhonha e São Francisco). Entre 2007 e 2009 o estudo foi complementado, alcançando 1.892 municípios.
Atlas Regiões Metropolitanas: elaborado entre 2007 e 2009, abrangeu todas as regiões metropolitanas, regiões integradas de desenvolvimento, capitais e cidades com mais de 250 mil habitantes, totalizando 430 municípios, os quais reúnem cerca de 94 milhões de habitantes (60% da população urbana do país).
Atlas Sul: desenvolvido entre 2007 e 2009, envolveu todas as sedes urbanas dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, totalizando 789 municípios e cerca de 13,5 milhões de habitantes.
A partir de 2009, o Atlas Brasil efetuou a revisão e a atualização dos dados dessas publicações além de complementar os trabalhos já realizados com o estudo do universo remanescente de 2.602 sedes municipais situadas nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, São Paulo e Tocantins.
Paraná divulgará dados sobre condições dos rios na Rede de Qualidade da Água
O Paraná disponibilizará dados de monitoramento dos rios para o Programa de Estímulo à Divulgação de Dados de Qualidade de Águas (Qualiágua). O convênio de cooperação entre a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e a Agência Nacional de Águas (ANA) foi assinado pelo governador Beto Richa no dia 15 de maio.
O Qualiágua é uma iniciativa da ANA para implementar a Rede Nacional de Qualidade da Água com a divulgação dos resultados para os gestores públicos, pesquisadores e a sociedade. O convênio envolve o Instituto Ambiental do Paraná e o Instituto Águas Paraná, órgãos vinculados à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e responsáveis pela coleta e análise da água em 130 estações de 11 bacias hidrográficas do Estado.
A rede de monitoramento de qualidade de água do Paraná existe desde a década de 1970. Ela cresceu gradativamente e agora, com o Qualiágua, a meta é ampliar as coletas para 220 pontos até 2020, prazo da validade do convênio. As coletas e análises são feitas trimestralmente para medir chuvas, a evaporação da água, o nível e a vazão dos rios, a quantidade de sedimentos, quantidade de esgotamento sanitário, metais pesados e outros parâmetros que indicam a qualidade e a quantidade de água nas bacias.
“São dados importantes para direcionar os licenciamentos ambientais, as outorgas para uso da água, além de servir para calcular o índice geral de qualidade da água dos rios. Os dados também são usados para elaborar políticas públicas”, destacou o secretário de Estado do Meio Ambiente, Ricardo Soavinski.
Fonte: http://novo.maternatura.org.br/news.php?news=747
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