Já não é mais tão difícil encontrar pelo país prédios construídos sob critérios ambientalmente corretos. A primeira edificação sustentável brasileira foi registrada em 2004, mas o conceito só começou a ganhar força em 2007. Até o primeiro trimestre de 2014, o país registrava 873 empreendimentos sustentáveis, sendo 158 certificados. De 2007 até abril de 2012, eram apenas 52 certificados.
Dados do Green Building Council Brasil (GBC Brasil) apontam que o país ocupa a quarta posição no ranking mundial de edificações registradas na certificação Leed (Leadership in Energy and Environ mental Design), presente em 143 países, atrás apenas de Estados Unidos, Chinas e Emirados Árabes.
O principal motor desse crescimento são as construções comerciais. Até 2013, mais da metade dos lançamentos deste setor em Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba podiam ser considerados sustentáveis. Segundo a Libercon Engenharia, 40% dos empreendimentos comerciais e centros de distribuição executados pela construtora possuem ou estão em processo de certificação Leed.
“Uma das principais barreiras era a falta de informação,mas um processo massivo, que envolveu associações sem fins lucrativos e empresas, conseguiu mostrar que o aumento no custo de produção e falta de fornecedores no país não passavam de mitos”, explicou o diretor geral do GBC Brasil, Felipe Faria, ao jornal Brasil Econômico. De acordo com ele, atualmente, em alguns segmentos a busca por certificações já é demanda de mercado.
Além dos prédios comerciais de alto padrão, cresce a procura por certificações para data centers, centros de distribuição e logística e novos museus. “Na visão do investidor, além da valorização do metro quadrado, os benefícios econômicos são a rápida velocidade de ocupação e aumento da retenção. Há estudos que dizem que em caso de crise, essas edificações vão continuar a se destacar”, ressaltou Faria.
* Publicado originalmente no site EcoD.
Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br/?id=737335
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