terça-feira, 31 de março de 2015

Iniciativa pretende verificar o impacto ambiental do pagamento por serviços ambientais


A partir do monitoramento será possível comparar a qualidade da água nas áreas com e sem implantação do PSA

Crédito: Acervo Fundação 

Com objetivo de entender a importância de um projeto de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) nas regiões onde estão implantados, a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza deu início a um monitoramento inédito na bacia do Ribeirão Casa Branca, localizada em Brumadinho (MG) e de grande importância para o abastecimento de água na Região Metropolitana da Minas Gerais.
 
Já foram realizadas duas coletas de dados que serão referência para os próximos monitoramentos. “Agora temos a linha de base tanto para a região dessa bacia na qual está implantado o PSA, como também para áreas onde ainda não está. Assim, nos monitoramentos futuros, poderemos comparar o desempenho (ou a performance) dos indicadores nas áreas com e sem implantação do PSA”, explica André Ferretti, gerente de estratégias de conservação da Fundação Grupo Boticário. A instituição é a responsável pela metodologia do Oásis, iniciativa de PSA que está implementada em Brumadinho.
 
Para estabelecer os indicadores que deveriam ser analisados foi realizado um estudo sobre recursos hídricos, que definiu quatro focos de análise: oxigênio dissolvido, turbidez, temperatura da água e condutividade elétrica da água. “Analisando esses indicadores poderemos avaliar a qualidade da água e, em médio prazo, o impacto da conservação da natureza nessa produção de água”, comenta Ferretti.
 
A partir de 2015 serão feitas coletas de seis em seis meses. Segundo o gerente, futuramente a meta é replicar essa iniciativa, colocando em prática o monitoramento em todas as regiões brasileiras onde o Oásis está em funcionamento.
 
Metodologia Oásis
Lançado em 2006 pela Fundação Grupo Boticário, na Região Metropolitana de São Paulo, o Oásis é uma iniciativa de Pagamento por Serviços Ambientais pioneira no Brasil. Já tendo sido implantado em municípios de quatro estados brasileiros (Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina), o Oásis é adaptável a qualquer região do país, sendo que a Fundação Grupo Boticário disponibiliza sua metodologia gratuitamente para as entidades interessadas. Por meio dele, proprietários rurais que conservam áreas nativas em suas propriedades  e que adotam práticas conservacionistas de uso do solo recebem uma premiação financeira. As instituições interessadas em levar o Oásis para suas regiões devem entrar em contato pelo e-mailprojetooasis@fundacaogrupoboticario.org.br.

Fonte: http://www.fundacaogrupoboticario.org.br/pt/Noticias/Pages/Iniciativa-pretende-verificar-o-impacto-ambiental-do-pagamento-por-servicos-ambientais.aspx

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