sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Masdar City: uma cidade sustentável no deserto


Que os árabes são ousados e gostam de impressionar o mundo com suas obras incríveis, ninguém duvida. Mas a novidade da vez não é mais um conjunto de ilhas artificiais no meio do oceano, e sim uma cidade sustentável em meio ao deserto.

É isso mesmo, Masdar City é uma cidade que está sendo construída do zero nas areias desérticas de Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes. O projeto custará algo em torno de 22 bilhões de dólares, usados para construir uma estrutura completamente sustentável, alimentada 100% por energia solar, com zero de desperdício e total neutralização do carbono emitido.

Construída a partir de 2007 e com conclusão prevista para 2018, Masdar City deverá ocupar uma área de 6 km2 onde viverão entre 45 mil e 50 mil habitantes.

A infraestrutura de Masdar City tem sido construída com investimentos do governo de Abu Dhabi em parceria com empresas privadas. A expectativa é que sejam abertas em torno de 1.500 empresas dedicadas a produtos e serviços ecologicamente sustentáveis. A ambição é que a cidade seja uma referência de cidade sustentável e consolide toda uma corrente de negócios sustentáveis, além de colocar Abu Dhabi na vanguarda deste novo mercado.

Confira os principais objetivos traçados por Masdar City:
•Matriz energética 100% renovável;
•Reduzir ao máximo a pegada de carbono;
•Transporte exclusivamente público;
•Documentação dos habitantes totalmente digital para evitar o uso de papel;
•Refrigeração dos edifícios e ruas da cidade baseada na tradicional arquitetura árabe.

Soluções para economizar energia
Para manter a mínima necessidade de energia e a cidade refrescada, os projetistas planejam estruturar a cidade de maneira a tirar total vantagem da brisa natural do mar. Um muro que cerca a cidade e torres eólicas nas construções contribuirão para proteger a população do clima árido do deserto. Sendo assim, as construções mais altas farão sombra às ruas estreitas da cidade. Espera-se uma economia de cerca de US$ 2 bilhões em petróleo em 25 anos.

Reciclagem da água
Os esforços sobre a conservação de água na cidade envolvem os planos de reciclagem de pelo menos 80% da água utilizada. A água reciclada, assim como a água das pias e dos chuveiros e a água residual tratada, irrigarão o terreno. Por meio desses processos, os projetistas da cidade esperam reduzir o consumo de água em 60%.

Resíduos
Mas o que fazer com os resíduos produzidos por uma comunidade de 50 mil pessoas? A resposta está na compostagem e na reciclagem de plástico, papel, alumínio e outros materiais. Para evitar que os resíduos acabem indo para um aterro sanitário, grande parte deles seguirá para uma pilha de compostagem, onde as bactérias irão decompor o material. Caso contrário, a reciclagem será uma prioridade alta para a cidade.

Solução para o transporte
Como não haverá carros em Masdar City, isso irá contribuir para que não haja emissão do dióxido de carbono no local. Supostamente, as pessoas que viverão e trabalharão em Masdar City não estarão a mais de 200 metros de um transporte. Um trem elétrico com trilhos elevados garantirá o transporte fácil entre Masdar City e Abu Dhabi. Para se movimentar pela cidade, as pessoas poderão utilizar os compartimentos de trânsito pessoal rápido. Esses veículos funcionarão sobre trilhos magnéticos que utilizarão energia elétrica.

Os árabes estão inovando na arquitetura e também investindo na mudança de hábitos de vida da população. Acredita-se que tais obras sejam para fazer do turismo a principal fonte de renda no futuro, quando o petróleo, maior tesouro da região, estiver com os dias contados.

Fonte: Pesquisa de informações no site Comunicação Sustentável e EcoD.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Aviso de sobrecarga da Terra: Em 21 de agosto, excedemos o orçamento da natureza

Globo terrestre visto do espa�o

(OAKLAND, CA, USA) – A humanidade levou menos de nove meses para esgotar seu orçamento ecológico anual, segundo dados da Global Footprint Network, uma organização de pesquisa ambiental com sede na Califórnia.

A Global Footprint Network calcula o estoque da natureza sob a forma de biocapacidade – o montante de recursos que o planeta regenera a cada ano – e o compara à demanda humana: o montante necessário para produzir todos os recursos vivos que consumimos e absorver nossas emissões de dióxido de carbono. Seus dados revelam que a partir de 21 de agosto, a humanidade terá demandado todos os serviços ecológicos que a natureza pode oferecer este ano, desde a filtragem de CO
2 até a produção de matérias-primas para a alimentação.

De agora até o final do ano, vamos alcançar nossa demanda ecológica esgotando estoques de recursos e acumulando gases de efeito de estufa na atmosfera.

"Se você gastasse todo o seu rendimento anual em nove meses, você provavelmente ficaria extremamente preocupado", disse o presidente da Global Footprint Network, Mathis Wackernagel. "A situação não é menos terrível quando se trata do nosso orçamento ecológico. As alterações climáticas, a perda de biodiversidade, o desmatamento, a escassez de água e de comida - todos estes são sinais claros de que não podemos mais financiar o consumo a crédito. A natureza está abrindo falência”.

fonte: http://www.wwf.org.br

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Resíduo de vaso sanitário vira combustível para carro

O veículo anda 8,5 km por metro cúbico de biogás

Divulgação

Com base em um estudo, a companhia especializada em lançar produtos sustentáveis, diz que o material recolhido de apenas 70 casas é suficiente para que o carro circule pelas ruas por um ano ou aproximadamente 16.000 km.

A empresa GENeco desenvolveu uma maneira ecológica de produzir combustível a partir de resíduos deixados no vaso sanitário pelos habitantes de Bristol, no Reino Unido.

O Bio-Bug é um modelo New Beetle conversível projetado para funcionar com gás metano (CH4) liberado pelos dejetos humanos. O desenho do carro foi proposto por estudantes.

Com base em um estudo, a companhia especializada em lançar produtos sustentáveis diz que o material recolhido de apenas 70 casas é suficiente para que o carro circule pelas ruas por um ano ou aproximadamente 16.000 km. O carro anda 8,5 km por metro cúbico de biogás sem poluir o ambiente.

composto orgânico presente no esgoto vai para tanques sem oxigênio para que as bactérias presentes nos resíduos se alimentem do material e produzam o biometano. O tratamento envolve a separação do dióxido de carbono do biogás.

Mohammed Saddiq, um dos responsáveis pela empresa, diz que no passado, o uso do gás metano não tinha passado por uma limpeza o suficiente para abastecer veículos motorizados sem que isso afetasse seu desempenho.

No entanto, por meio do uso da mais recente tecnologia, o Bio-Bug funciona como qualquer outro veículo convencional, com a diferença que usa combustível sustentável.

O Reino Unido tem uma meta de reduzir em 34% as emissões de gases do efeito estufa até 2020 e em 50% até 2050.

fonte: noticias.r7.com


quarta-feira, 11 de agosto de 2010

País pode perder R$ 3,6 trilhões com aquecimento global


O Brasil pode perder R$ 3,6 trilhões até 2050 em razão dos impactos provocados pelas mudanças climáticas, o que equivaleria a jogar fora um ano de crescimento econômico nos próximos 40 anos. O dado faz parte do estudo Economia das Mudanças do Clima no Brasil, que reuniu equipes de instituições reconhecidas, como as universidade de São Paulo (USP), Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Estadual de Campinas (Unicamp) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).


O levantamento foi inspirado no Relatório Stern, que analisou economicamente os problemas causados pelo aquecimento global no mundo. De acordo com o estudo, a perda para o País significa uma redução do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,3% em 2050. "As pessoas podem achar que não é muito, mas a crise financeira mundial foi estimada em 2% do PIB global", afirmou Sergio Margulis, pesquisador cedido pelo Banco Mundial e um dos coordenadores técnicos do estudo. A perda para o cidadão pode chegar a até R$ 1.603 ao ano.


As regiões mais afetadas no País serão a Amazônia e o Nordeste. Para Carolina Dubeux, ligada ao Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ) e também coordenadora técnica do trabalho, é importante ressaltar que haverá um aumento das "disparidades regionais" com a subida da temperatura global. "O Brasil, como é um País continental, tem várias regiões que sofrem diferentes impactos do clima. Se fosse um país pequeno, o problema incidiria de forma mais ou menos uniforme."


O Rio Grande do Sul, por exemplo, deve ter menos geada. "Isso significa que a agricultura vai ter menos perdas no Sul. Mas, enquanto o Sul não sofre ou até ganha um pouco, o Nordeste fica numa situação bastante pior. Esse aumento da disparidade regional vai na contramão do esforço que o País tem feito para ficar menos desigual", diz. No Nordeste é prevista uma diminuição das chuvas entre 2 e 2,5 milímetros por dia até 2100. Isso afetaria a pecuária, com redução de 25% na capacidade de pastoreio de bovinos de corte.


Amazônia

A região amazônica é onde deve ocorrer o maior aumento da temperatura - a elevação pode chegar a 8°C em 2100. O efeito será uma transformação drástica na paisagem: 40% da cobertura florestal na área sul-sudeste-leste da Amazônia seria substituída por savana. A perda de serviços ambientais da Amazônia, como fornecimento de água, regulação do clima, proteção do solo e geração de matéria prima, é estimada em US$ 26 bilhões ao ano.


Fonte: http://conexaoambiental.zip.net/

mbiental.zip.net/

Aquecimento global faz 35 anos. E ainda tem gente que precisa conhecer


O aquecimento global faz aniversário esta semana. Ele completa 35 anos. Além de a Terra aquecer há mais de três décadas, no dia 8 de agosto de 1975 foi publicado o primeiro estudo científico que usou o termo “aquecimento global”. A autoria é de Wally Broecker, cientista americano reconhecido sobretudo por seu trabalho sobre a relação dos oceanos e as mudanças do clima. No estudo “Mudança Climática: Estamos à beira de um aquecimento global pronunciado?”, publicado naquele ano na revista Science, Broecker diz que no século XX o planeta estaria 0.8OC mais quente devido à concentração de dióxido de carbono na atmosfera. Na época o aquecimento não era evidente. Os níveis de CO2 aumentavam, mas há décadas as temperaturas diminuíam.

O prenúncio do aquecimento global foi baseado, primeiro, a partir de constatações de que as emissões de carbono cresceriam 3% ao ano. Depois, que cerca de 50% do carbono emitido fica aprisionado na atmosfera. Broecker calculou que a concentração do gás subiria de 296 para 403 ppm entre 1900 a 2010. E associou isso ao aumento de temperatura. Ele enxergou o aquecimento quando o mundo esfriava, pois considerou a variação natural do clima que ocorre de tempos em tempos. As estimativas estavam um pouco acima do que realmente aconteceu. Alguns aspectos, como a atuação de outros gases do efeito estufa e a concentração de calor nos mares, ainda não eram compreendidos.

De acordo com dados do National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), órgão americano de metereologia, em 2008 a concentração de carbono na atmosfera era de 385 ppm. Um estudo do Global Carbon Project (GCP) mostra que o maior crescimento da concentração foi de 1.93 ppm entre 2000 e 2006. Desde a Revolução Industrial até 2007, o aumento foi de 37%. A temperatura global também alcançou seu recorde na última década. O National Climatic Data Center, do NOAA, aponta que entre os dez anos mais quentes da história, nove são da década passada. Além disso, os quatro primeiros meses de 2010 foram os mais quentes da história.

Há quem desconfie de que o globo está esquentando. No começo do ano, o IPCC (Painel Intergovernamental de Especialistas sobre Mudanças Climáticas), da ONU, foi questionado sobre a precisão de informações divulgadas no relatório de 2007. Mas as evidências foram publicadas em estudos feitos ao longo desses 35 anos. Há muito tempo o aquecimento global é tido como certeza pelos grandes centros de pequisa.

Recentemente o NOAA divulgou um novo estudo que reforça a crise climática. A pesquisa leva em conta indicadores que não entraram naquele relatório do IPCC. Ela afirma que 7 entre 11 indicadores estão se intensificando. São eles a temperatura do ar sobre a terra, da superfície do mar, dos mares, o nível do mar, o calor do oceano, a umidade e a temperatura da troposfera (camada da atmosfera mais próxima à superfície da Terra). Em contraponto, o gelo do mar Ártico, as geleiras, a neve no hemisfério norte e as temperaturas na estratosfera estão diminuindo. O aquecimento global é inegável.

(Marina Franco)

FONTE:http://colunas.epoca.globo.com/planeta

terça-feira, 3 de agosto de 2010




Especialista destaca pontos

positivos e negativos da nova Lei de Resíduos Sólidos

59% do lixo brasileiro v� para os lix�s
Cidades brasileiras produzem 150 mil toneladas de lixo por dia, das quais 59% são destinadas aos lixões/Foto: Vinicius Massuchetto

Aprovada em 7 de julho no Senado, depois de tramitar por cerca de duas décadas, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é considerada um avanço no Brasil, país no qual as cidades produzem 150 mil toneladas de lixo por dia, das quais 59% são destinadas aos lixões. Em artigo publicado nesta quarta-feira (28), no jornal O Estado de S.Paulo, a pesquisadora, diretora e coordenadora da área de Meio Ambiente Urbano do Instituto Pólis, Elisabeth Grimberg, analisou os pontos positivos e negativos da nova lei.

"Entre os positivos eu destacaria, em primeiro lugar, o fato de que o texto aprovado é enxuto e enfatiza a redução, o reúso e o reaproveitamento. Em segundo lugar, o texto tem dez referências à participação das cooperativas de catadores no processo de gestão de resíduos. Há, inclusive, a previsão de financiamento para municípios que façam coleta seletiva com catadores, medida indutora do desenvolvimento das cooperativas", destacou Grimberg.

Segundo a pesquisadora, outro ponto positivo da PNRS diz respeito a proibição da importação de resíduos perigosos e rejeitos cujas características causem dano ao ambiente e à saúde. "Absurdo que a lei corrigiu", observou. Elisabeth Grimberg também elogiou as metas e prazos inclusos na elaboração da PNRS, bem como o tratamento consorciado de resíduos, que permite a pequenos municípios planejarem conjuntamente a destinação. "O fato de a lei garantir remuneração ao Estado, caso ele tenha de se ocupar das atribuições relativas à logística reversa dos geradores, também é positivo", acrescentou.

Problemas

Os pontos negativos, na opinião da pesquisadora, são referentes aos artigos 9º e 33 da regulamentação. O primeiro "abriu possibilidades para a 'recuperação energética' dos resíduos, ou seja, a incineração". Grimberg questiona a medida ao considerar o caráter tóxico da queima de lixo. Segundo ela, as cinzas devem ser destinadas a um aterro especial. "Mais um aspecto negativo: a análise do ciclo de vida do produto não foi incluída como um processo anterior à coleta. Seria a deixa para os fabricantes repensarem seus produtos, como o excesso de embalagens", pontua.

Sobre o artigo 33, que trata da logística reversa, Elisabeth Grimberg criticou o fato de o texto deixar a cargo dos geradores de resíduos (setor empresarial) a liberdade de escolha referente a execução do processo para produtos em que não há obrigatoriedade prevista na lei. "Se o gerador disser que não pode recolher um produto, por inviabilidade técnica ou econômica, a sociedade terá de aceitar", conclui.

Sanção

Segundo informações do Ministério do Meio Ambiente, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) deverá ser sancionada, por meio de um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em evento que está previsto para ser realizado em 2 de agosto. Nos dias que antecedem a possível sanção, todos os ministérios que têm relação com o tema deverão se manifestar, e caso haja propostas, elas serão encaminhadas para a Casa Civil.


Fonte: Portal EcoD - www.ecod.org.br