quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Pesquisadores desenvolvem reator que converte luz solar em combustível líquido







Um reator capaz de produzir rapidamente combustível a partir da luz solar, com o uso de dióxido de carbono e água, é a novidade descrita por um grupo de cientistas na edição atual da revista Science
O processo, que emprega também um óxido do raro metal cério, é semelhante ao observado no crescimento das plantas: o uso de energia do sol para converter dióxido de carbono em polímeros baseados em açúcar, isto é, compostos orgânicos.
Os compostos derivados da fotossíntese podem perder oxigênio por meio da degradação no subsolo durante milhares de anos (cujo resultado são os combustíveis fósseis como o petróleo) ou por um processo muito mais rápido de dissolução, fermentação e hidrogenização, empregado na produção de biocombustíveis.
Até agora, a conversão de luz solar em combustível químico não se mostrou um processo eficiente e a geração de combustível solar, na prática, continua distante.
Na nova pesquisa, William Chueh, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos, e colegas demonstram um possível modelo de reator para essa produção.
No modelo, a luz solar é concentrada para aquecer o óxido de cério a uma temperatura suficiente para que o oxigênio se desprenda de sua estrutura. O modelo então também tiraria átomos de oxigênio da água ou do dióxido de carbono para substituir os que foram perdidos no óxido, resultando na produção de hidrogênio e de monóxido de carbono.
O hidrogênio e o monóxido de carbono que sobraram podem ser combinados de modo a produzir combustíveis por meio de uma nova catálise.
O modelo conta com uma abertura para permitir a entrada de luz solar de forma concentrada e desenhada de modo a refleti-la internamente por múltiplas vezes, garantindo a captura eficiente da luz. Peças cilíndricas do óxido são posicionadas dentro da cavidade e passam por centenas de ciclos de aquecimento e esfriamento de modo a induzir a produção de combustível.
O artigo High-Flux Solar-Driven Thermochemical Dissociation of CO2 and H2O Using Nonstoichiometric Ceria, de William Chueh e outros, pode ser lido por assinantes no site da revista Science.
da Agência FAPESP

Fonte: www.ciclovivo.com.br

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010


Uma década de tragédias ambientais



Além de estarmos chegando ao fim do ano, chegamos também ao final da década. Uma década marcada por diversas tragédias ambientais.
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2001 – O ano testemunhou uma dura batalha da guerra que vem sendo travada há cerca de meio século entre ecologia e economia: em março, os Estados Unidos se recusaram a ratificar o Protocolo de Kyoto – o tratado internacional para limitar a emissão de gases que agravam o efeito estufa. Na foto, manifestação de estudantes americanos a favor da decisão do presidente George W. Bush.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Minhocas são alternativa barata e eficaz na descontamionação do solo


Depois de insetos polinizadores, as minhocas são as melhores amigas do jardineiro pois processam resíduos de jardim e de solo. (Imagem:Kingston Worm Farm)


Pesquisadores da América do Sul têm estudado a viabilidade da utilização de minhocas para a descontaminação de antigas instalações industriais, aterros sanitários e outras áreas potencialmente perigosas.
De acordo com a publicação acadêmica norte-americana, Inderscience Publishers, depois de insetos polinizadores, as minhocas são, provavelmente, as melhores amigas do jardineiro pois processam resíduos de jardim e de solo.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Acidificação dos mares ameaça alimentação mundial



Durante a convenção do clima em Cancún, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) alertou sobre a possibilidade dos oceanos estarem acidificando na maior taxa em 65 milhões de anos

Um quarto das crescentes emissões de dióxido de carbono (CO2) é absorvida pelos oceanos, seja através do fitoplâncton ou da dissolução.
Segundo revisões de literaturas científicas realizadas para o relatório ‘Conseqüências ambientais da acidificação dos oceanos’ do PNUMA, o aumento do CO2 atmosférico já causou uma queda de 30% no pH dos oceanos resultando em águas mais ácidas.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Mercado de Carbono


O Homem lança mais de 35,5 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano* na atmosfera, o principal gás causador do aquecimento global.  Para diminuir estes números, foram criados projetos de redução de emissões de gases do efeito estufa.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Bagaço da cana-de-açúcar é reaproveitado para a fabricação de cimento





Através de um sistema criado por um pesquisador brasileiro, o bagaço de cana-de-açúcar residual das indústrias pode ser reaproveitado para a fabricação de fibrocimento. Dessa forma, o material, que seria descartado, ganha diversas utilidades.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Brasil não é potência verde por má gestão e falta de incentivo em fontes limpas



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A energia eólica representa apenas 0,2% da total do país / Foto: Lumiago 
O Brasil é um país com alto potencial para a geração de energias renováveis, porém, a má administração do governo faz com que ele desperdice oportunidades de explorar fontes de energia limpa, afirmam especialistas. As informações são da BBC Brasil.
"Ninguém tem dúvidas de que as energias renováveis vão dominar no futuro. É um processo muito demorado, mas irreversível", disse Edmilson dos Santos, economista, engenheiro e professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Chineses criam coletor de água movido a energia solar

(Imagens:Divulgação) 












A dupla de designers chineses, Chun Yen Tsao e Hsing-TanYang, desenvolveu uma tecnologia capaz de ajudar as pessoas que têm dificuldades em conseguir água potável. O Swater, nome dado ao conceito, é um coletor que tem como objetivo recolher a água proveniente da condensação do ar e purificá-la através de um pequeno dispositivo que funciona com energia solar.
Com o auxílio de células fotovoltaicas e da luz do sol, o Swater coleta a água destilada limpa a partir da condensação. Medidas como essa são de extrema ajuda às pessoas que sofrem constantemente com a falta de água. Mesmo que o planeta Terra tenha 70% de sua formação composta por água, esse é um bem que já não está acessível a toda a população mundial.
A facilidade e utilidade do aparelho, que é ambientalmente correto, leva os criadores a crerem que um dia ele poderá ajudar a salvar o mundo. A tampa, em forma de sovela, tem um painel solar que gera a energia necessária para fazer funcionar o tubo de aquecimento elétrico e a luz para a esterilização da água. O ar entra pela parte superior e libera a água em um balde, onde ela é desinfetada. Um tubo de aquecimento evapora a água de modo que ela se condensa ao lado do aparelho e depois escorre para o fundo da caçamba, destilada, desinfetada e adequada para consumo humano. A tecnologia é ideal, principalmente, para regiões áridas.



fonte: ciclovivo.com.br

Brasil é o maior emissor de CO2 da América Latina, diz Pnuma

Brasil, Argentina, Venezuela e México são os culpados por 79% de todas as emissões da América Latina. (Foto: AFP)






























O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) divulgou na última segunda-feira (6) um relatório sobre as emissões de gases de efeito estufa dos países da América Latina. A pesquisa apontou o Brasil como o maior poluidor, responsável por 52% das emissões.
O relatório, que contou com o apoio do instituto GRID Arendal, foi apresentado durante a Conferência Climática da ONU, COP16, em Cancún. Segundo a publicação, Brasil, Argentina, Venezuela e México são os culpados por 79% de todas as emissões da América Latina.
As análises divulgadas no documento “Os gráficos vitais da Mudança Climática na América Latina e Caribe” mostraram que os principais causadores das emissões dos gases de efeito estufa são as mudanças no uso da terra e silvicultura. Quesito emissor liderado pelo Brasil, com mais de 800 mil toneladas métricas de CO2.
Os países com as maiores emissões por habitante foram Trinidad e Tobago, Uruguai, Venezuela e Argentina, respectivamente - sem considerar os gases emitidos por causa da agricultura ou outras práticas relacionadas às mudanças no uso do solo.
Brasil e México são os dois países que mais poluem por causa de energia, juntos eles emitem 500 mil toneladas de CO2.
Luis Miguel Galindo, coautor do documento, explicou que se a América Latina continuar aumentando suas emissões sem mudanças, o continente pode se transformar e um dos grandes emissores mundiais no futuro. Portanto, o relatório deve servir de alerta e base para novos projetos.
Fonte: ciclovivo.com.br

Contribuindo para a poluição marinha ao lavar seu rosto





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Perigo silencioso: substâncias utilizadas em produtos de higiene diária podem contribuir com a poluição dos mares / Foto: LauraFries.com
Componentes presentes em removedores de maquiagem se tornaram uma séria ameaça ao ecossistema marinho, sugere um estudo das neozelandesas Lisa S. Fendall e Mary A. Sewell, da Escola de Biologia da Universidade de Auckland.
De acordo com o documento, partículas de microplástico de polietileno presentes no produto e descritos como “micropartículas” ou “microesfoliantes” não são retidos nas estações de tratamento de efluentes devido ao seu tamanho, e terminam por atingir os oceanos.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

EcoD Básico: Empreendedorismo Social


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O empreendedor social usa manobras empresariais para promover o desenvolvimento social e ambiental/Foto: Crescer
O empreendedor social é aquele que utiliza uma abordagem empresarial, como pragmatismo, compromisso com resultados e visão de futuro, para identificar e resolver problemas de cunho socioambiental, propondo e aplicando medidas que podem ser ao mesmo tempo lucrativas e benéficas para sociedade e meio ambiente.
O empreendedorismo social é caracterizado pela busca por tendências e soluções inovadoras para desafios sociais e ambientais. Através da sua atuação, esse empreendedor acelera o processo de mudanças e inspira outros atores a se engajarem em torno de uma causa comum.
Buraco da camada de ozônio sobre a Antártica é o menor em cinco anos





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O impacto sobre a camada de ozônio diminuiu após a proibição do CFC
O buraco da camada de ozônio sobre a Antártida se reduziu ao seu menor tamanho nos últimos cinco anos, divulgou na sexta-feira, 3 de dezembro, o Instituto Nacional de Água e Pesquisa Atmosférica da Nova Zelândia. 

sábado, 4 de dezembro de 2010

Aprenda a fazer luminárias reutilizando galões de água e colheres descartáveis

Um galão velho de água e colheres descartáveis usadas são utensílios que certamente iriam para o lixo após o uso. Porém, existe uma maneira simples de dar a eles um destino em um final mais feliz. A dica do CicloVivo é usar esses materiais para fazer uma luminária personalizada e reciclada. Os materiais usados para colocar em prática essa técnica de artesanato são simples e fáceis de encontrar em qualquer cidade. O método de fabricá-lo é igualmente fácil.

Brasil pode ter 93% de sua energia proveniente de fontes renováveis até 2050

O Greenpeace aproveitou a 16ª Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas para cobrar revoluções no setor energético brasileiro. Em um estudo ambicioso, chamado “Revolução Energética”, a ONG ambiental prevê que em 40 anos o Brasil pode ter 93% de sua energia vinda de fontes renováveis.
Atualmente 88% da eletricidade utilizada em todo o Brasil é proveniente de fontes renováveis. A maior parte dessa energia limpa é produzida em usinas hidrelétricas e, de acordo com o estudo do Greenpeace, mesmo com as mudanças essa ainda seria a tecnologia mais usada no país.
A expectativa da ONG é de que até 2050 os brasileiros estejam livres da eletricidade produzida em usinas termelétricas, movidas a óleo e carvão e que emitem grandes quantidades de gases de efeito estufa.
A proposta do Greenpeace é de que a revolução possibilite cobrir 93% da demanda energética brasileira somente com fontes renováveis. O artigo mostra que as hidrelétricas continuariam sendo as principais geradoras, com 45,6% do total nacional. Em segundo lugar nesse ranking estaria a energia eólica, com 20,3%, modo de produção que corresponde atualmente a somente 1% da demanda brasileira. A biomassa viria em terceiro lugar, com 16,6%, seguida pelas energias solar e oceânica, com 9% e 0,7%, respectivamente. O último tipo de produção a partir das ondas do mar, seria algo inédito no Brasil, por isso ocorre em uma quantidade ainda bastante pequena.
Apesar de usarmos atualmente um grande percentual de energia limpa no Brasil, chegará um momento em que as hidrelétricas brasileiras serão saturadas. O coordenador do estudo, Ricardo Baitelo, explicou que isso pode ocorrer nos próximos dez ou 20 anos e que exigirá investimento em novas matrizes. Para ele, esse é o maior motivo para se investir em biomassa e energias eólica e solar. Se isso não for feito, o país correrá o risco se tornar dependente das usinas termoelétricas.
As energias renováveis estão em movimento e isso tem gerado um barateamento, principalmente na energia eólica, que atualmente é a segunda mais barata do Brasil, perdendo apenas para as hidrelétricas. Mesmo diante dessas possibilidades de redução de custos essa revolução sugerida pelo Greenpeace precisará de muito investimento para se concretizar. A estimativa é de que a mudança custe R$ 869 bilhões. Mesmo sendo um valor alto, ainda está abaixo das expectativas do governo, que projetava gastar R$ 995 bilhões com a reestruturação energética brasileira. O relatório também contou com um pedido de exclusão das usinas nucleares dos projetos brasileiros.
Com informações do Greenpeace e O Globo
Fonte: http://ciclovivo.com.br

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Designer chinês cria cama ecológica que produz energia limpa


A cama apelidade de Ecotípica foi criada pelo designer Arthur Xin e tem todas as funções que alguém pode imaginar para uma cama. A criação não se limita a ser apenas uma mobília utilizada para dormir, sua tecnologia possibilita muitas outras utilidades.
Moldada como um berço ela possui um mecanismo de geração de energia e de armazenamento. A cama criada por Xin é perfeita para quem gosta de estar em contato com a natureza, sua principal característica são as plantas ao seu redor. A vegetação existe e sobrevive graças a um sistema de auto-plantadores.
A cama verde tem tudo, ar condicionado, luzes de LED para leitura - colocadas na cabeceira, alto-falantes que substituem o despertador e tocam música para acordar o usuário, uma caixa de flores para as videiras crescerem nas laterais e um emissor de luz diodo para ajudar no crescimento da planta, que pode ser de qualquer espécie.
Embaixo da cama existe uma bateria que armazena toda a energia gerada. Ela aproveita a energia cinética, dos movimentos realizados sobre a cama e ao redor dela, e os transforma em energia limpa. A energia produzida é usada para acender as luzes de LED e o sistema de som integrado à mobília. As alças e polias instaladas na lateral da cama, podem ser usadas para auxiliar na prática de exercícios físicos e assim gerar ainda mais energia.
Fonte: http://ciclovivo.com.br

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Projeto asiático criará “árvore tecnológica” de 300 metros de altura


Foto: Divulgação
Um curioso edifício chamado “Floating Observatories” (Observatórios Flutuantes) com 300 metros de altura, deve ser o mais novo ponto turístico de Taiwan, informa o site Physorg.
O projeto asiático foi pensado para ser uma “árvore tecnológica”, onde estarão um centro de informações, museu, escritórios, sala de conferências, deques fixos e em movimento para observação, além de restaurantes e estacionamento. Um projeto que se tornará realidade em 2012, mas que irá durar somente dois anos.

Foto: Divulgação
Ele foi inteiro projetado para minimizar os impactos ambientais durante e após a construção.
Além do sistema de ventilação que diminuiu o uso de ar condicionado, há turbinas e células solares para gerar energia, um coletor e purificador de água de chuva e fibras ópticas para iluminar as áreas subterrâneas. Há ainda um sistema geotérmico para aquecimento da água que também será usado para manter a temperatura do edifício agradável no inverno.
E mais, cada um dos seus “elevadores” externos tem capacidade para até 80 pessoas e será feito de materiais leves desenvolvidos pela indústria espacial. Eles se movimentarão para cima e para baixo em um trilho vertical sendo sustentados por um forte campo magnético e elevados por balões de hélio.
Foto: Divulgação
Com tantos detalhes em sua criação ecologicamente correta, a terceira maior cidade do país chamada de Taichung o premiou em seu concurso Taiwan Tower Conceptual International Competition.
Além do prêmio de US$125 mil, o time terá verba cedida pela prefeitura de Taichung para construir o edifício que, embora bem menor do que o arranha-céu Taipei de 508 metros de altura, deve se tornar um marco no país.
Foto: Divulgação
A equipe vencedora é formada por membros da Dorin Stefan Birou Arhitectura (DSBA), Upgrade.Studio e Mihai Cracium e foi liderada pelo arquiteto romeno Stefan Dorin, desbancando outros 236 projetos de 25 países.

Fonte: eco4planet.com

Energia de ondas para turbina eólica

Wave Treader


Cada vez mais aumenta os investimentos em todo o tipo de energia limpa e renovável, muitos países incluindo o Brasil, tem projetos ou em funcionamentoturbinas eólicas ao longo da costa marítima.
Aqui no ThinkGreen já apresentamos com é possível obter energia atravez das ondas do mar, agora a empresa Green Ocean Energy Ltd aproveita a infraestrutura utilizada para as turbinas eólicas para o Wave Treader.
Ligado a aste de sustentação das turbinas eólicas, o Wave Treader é acionado pela oscilação da maré que movimenta uma estrutura de cilindros hidráulicos, por sua vez impulsionam um gerador elétrico. A eletricidade é distribuida através do cabo compartilhada com a turbina eólica.
Cada Wave Treader é projetado para gerar até 500 kW e as primeiras versões comerciais estaram disponíveis em 2011.

Geração de energia pelo mar.


Scheme water power

Gerar energia atravez das ondas do mar é foco de pesquisa desde 1970, teoricamente a energia disponível das ondas é de 1.000 megawatts por kilometro de costa marítima.
Pesquisadores do MIT e Portugueses estão trabalhando no desenvolvimento de dispositivos para obter de 100 a 200 megawatts por kilometro de costa desse potencial energético, o maior problema é a força e corrosividade do mar.
Recentimente no programa Planeta Mecânico da National Geographic foi construido em escala reduzida, um sistema para gerar energia pelas ondas, afim de mostrar que é possível aproveitar o potencial energético de cada região, pena que este programa é pouco apresentado.


Fonte:http://www.thinkgreen.blog.br 

Desafios Socioambientais para o Brasil pós-Lula


Análises do quadro político pós-eleitoral dão como certo que Dilma iniciará seu governo com maioria folgada no Congresso (+ de 3/5 na Câmara e no Senado) e que um grande desafio para a nova presidente será administrar essa maioria difusa, carente da liderança, do jogo de cintura, do carisma que tem seu antecessor e avalista maior.  Dilma terá que compor, juntamente com Temer e outros aliados-articuladores políticos de peso, interesses fragmentados dos mais pragmáticos e fisiológicos, aos ideológicos e setoriais. O PMDB, por exemplo, principal aliado de Dilma,  maior vitorioso dessas eleições, não possui em seus quadros políticos mais do que um ou dois políticos de expressão regional que formulem duas frases inteiras e conseqüentes em defesa da perspectiva socioambiental. No entanto possuem em seus quadros alguns dos ruralistas mais ávidos por retrocessos na legislação ambiental. No PT não é muito diferente uma vez que em relação a temas importantes como o código florestal, e o CONAMA, por exemplo, não há consenso, apesar da Presidente eleita, durante a campanha, ter anunciado que vetará retrocessos (anistias e reduções de proteção ambiental).
A conjuntura econômica por seu turno parece ser favorável à perspectiva desenvolvimentista em função da estabilidade política, econômica e social alcançada nos últimos 16 anos. O ambiente é favorável para as grandes inversões desejadas ou previstas no curto prazo para projetos e obras ligados à Copa do Mundo, às Olimpíadas, ao Pré-Sal, à indústria automobilística, à agropecuária, à construção civil, à infra-estrutura de energia e transportes em geral. O Brasil já é o 4º maior mercado mundial automobilístico, deve gerar algo em torno de 2,5 milhões de empregos e crescer acima de 8% em 2011 - o dobro da média projetada de crescimento mundial, com estabilidade inflacionária em 5% (se a guerra cambial permitir). Deixamos de ser coadjuvantes no cenário econômico Global.
Como resultado retumbante das urnas é nítido o recado de que as demandas materiais básicas das classes mais pobres vêm sendo atendidas de forma mais satisfatória do que em governos anteriores. Os dados são realmente impressionantes: mais de 25 milhões de brasileiros saíram da linha da miséria, mais de 30 milhões passaram da pobreza para a chamada classe média (C) -  motor fundamental para manter a economia aquecida e o País ter saido precocemente da crise, geração de cerca de 15 milhões de empregos formais, mais de 12 milhões de famílias atendidas pelo Bolsa Família, crescimento no volume de investimento na agricultura familiar, consumo superior a R$2,2 tri em 2009, dentre outros indicadores relevantes.
Esse avanço no campo sócio-econômico obviamente que nos cobra um preço: o aumento no consumo de bens e serviços em escala inédita, a demanda por mais produção de alimentos e de bens duráveis, mais importação, mais consumo de energia e de recursos naturais, mais infra-estrutura logística, e consequentemente mais pressão antrópica sobre os processos ecológicos vitais e sobre as populações indígenas e tradicionais, tudo isso no curto prazo, em tempo real. Um tsumani vem vindo ai.E a Defesa Civil ainda não soou o alerta vermelho.
É preciso reconhecer que o quadro institucional e político da gestão socioambiental no Brasil ainda é vulnerável apesar dos avanços legais e institucionais promovidos principalmente nos últimos quinze anos. O Congresso Nacional aprovou várias normas importantes nesse período e que demandam um novo modelo de gestão pública socioambiental. Listo aqui algumas delas sem a pretensão de ser taxativo: a Lei de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (1997), a Lei de Crimes e Infrações contra o Meio Ambiente (1998), o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (2000), a Lei de Gestão de Florestas Públicas (2006), a Lei da Mata Atlântica (2006), a Lei de Diretrizes para o Saneamento Básico (2007), a Lei de Política Nacional de Mudanças Climáticas (2009) e a Lei de Política Nacional de Resíduos Sólidos (2010). Não é por falta de Lei que não se fará a gestão socioambiental no País, mas suas instâncias implementadoras e os me ios para sua efetivação estão longe de constituir dado positivo da realidade.
As competências ambientais administrativas não estão seguramente definidas e continuam sendo motivo de judicialização gerando insegurança para todos, dos cidadãos afetados diretamente aos fundos de investimento. Boa parte das obras e empreendimentos relevantes para a infra-estrutura básica devem ser licenciados nos estados cujos órgãos licenciadores e fiscalizadores em sua maioria ainda são precários tanto em termos de capacidade humana quanto material e não contam com apoio do governo federal que só delegou até agora o ônus. A responsabilidade ambiental não é critério para a repartição de benefícios no plano do regime de divisão do bolo dos impostos entre os entes federativos, apesar de ser condição sine qua non para o crescimento do bolo. Em outras palavras, o SISNAMA - Sistema Nacional de Meio Ambiente ainda é uma ficção (com raras exceções que confirmam a regra).
Inexistem incentivos econômicos robustos e crédito diferencial em escala voltados para as atividades e empreendimentos agregadores de serviços ambientais, ao contrário. Sequer linhas específicas para pequenas e médias empresas que precisam melhorar seu desempenho ambiental, ou apenas se regularizar perante a legislação ambiental, contam com apoio financeiro em bases competitivas. Não há incentivos econômicos em escala para a economia de baixo carbono ou que incentivem a redução no consumo de energia e minimizem ou substituam o uso de recursos naturais não-renováveis. Não há política econômica para o desenvolvimento sustentável.
Os instrumentos de ordenamento e de planejamento ambiental e territorial como o Zoneamento ecológico-econômico, e avaliação ambiental estrategica sequer marco legal possuem e são considerados peças literário-burocráticas pelos formuladores dos orçamentos públicos e os tomadores de decisão acerca dos investimentos públicos e privados. Quando atrapalham planos desenvolvimentistas são logo alterados a penadas ou revogados tacitamente. Quem faz planejamento estratégico no Brasil são os setores privados e os investidores em detrimento do interesse público, da integração de políticas e da visão sistêmica no desenvolvimento territorial.
Temos uma meta aparentemente ambiciosa de redução de emissões de gases de efeito estufa aprovada por lei e que deve afetar os principais setores da economia nacional - indústria, agropecuária, transportes, energia, uso do solo (queimadas e desmatamentos) em todo País. Carecemos, porém, de definições claras e objetivas a respeito do marco regulatório, dos meios e do arranjo institucional que viabilizarão as negociações e operações efetivas rumo às metas (de curto prazo, 2020) previstas em lei. Não fossem os esforços iniciados na gestão de Marina Silva para a redução dos desmatamentos na Amazônia as metas aprovadas em Lei estariam inviabilizadas.
Não tratei aqui de outros grandes desafios (recursos hídricos, resíduos sólidos e saneamento) que pressupõem, além de vontade política (e consequentemente dinheiro), o enfrentamento dos pontos acima elencados (competência, fortalecimento e integração institucional, política de incentivos econômicos, ordenamento e planejamento ambiental e territorial).
Neste momento estratégico de transição entre os governos Lula-Dilma e de negociações político-partidárias em torno de pastas e prioridades "programáticas" e supondo que o Brasil queira de fato se consolidar, já na próxima década, como uma das maiores economias sustentáveis do Planeta, questiono: Isso será possível sem que os desafios aqui apresentados sejam definitivamente enfrentados nesses próximos quatro anos? A única certeza que tenho é que teremos muito trabalho pela frente.

Autor: André Lima, militante socioambientalista, advogado, formado em Direito em 1994 pela Universidade de São Paulo, Mestre em Políticas Públicas e Gestão Ambiental (UnB), Consultor em Política e Direito Socioambiental.
André Lima - www.andrelima2010.com.br
Fone: 61 35564343 / 96499908
Twitter: andrelimadf
skype:alima1271
Fonte: http://www.ipam.org.br/blogs

sexta-feira, 26 de novembro de 2010


Já imaginou um enorme jardim protegido por uma cúpula? Ficção? Coisa de outro mundo?
Pois bem, ela existe, no papel, mas pode  se tornar real.  O mais novo e curioso projeto atende pelo nome de Ecocity 2020 e foi idealizado pelo estúdio de arquitetura inovadora AB Elis Ltd.. A  proposta busca a reabilitação da zona industrial Mirniy no leste da Sibéria, Rússia.
A tal cidade seria construída em três níveis principais com uma fazenda vertical, florestas, residências e áreas de lazer. E tudo de baixo de uma grande…  cúpula?  Talvez este “detalhe” é que traga o aspecto mais interessante da tal cidade ecológica, que seria coberta por essa cúpula cheia de células fotovoltaicas para coletar  energia solar suficiente para o empreendimento.
A área de habitação está situada no primeiro nível e tem terraços exteriores com vista para uma floresta no centro da cidade. O local escolhido para a criação do projeto é uma cratera gigante, uma das maiores pedreiras do mundo, com mais de um quilômetro de diâmetro e 550 metros de profundidade.
Um núcleo central abriga a maioria das circulações verticais e a infra-estrutura, juntamente com um centro de pesquisa multi-nível. A nova cidade seria capaz de acomodar mais de 100.000 pessoas.
A intenção é criar um novo jardim para a a cidade que será protegido contra as duras condições ambientais caracterizadas por longos e severos invernos e verões quentes mesmo que curtos, criando um novo tipo de urbanismo altamente denso e em harmonia com a natureza.

Fonte: eco4planet.com

Estudo afirma que Wi-Fi deixa árvores doentes




Wi-Fi, nosso querido meio para entrega de informação, pode estar matando árvores, ao menos é o que aponta o estudo de uma universidade holandesa. Isso é meio complicado, já que amamos tanto as árvores quanto o Wi-Fi.
A cidade holandesa de Alphen aan den Rijn financiou o estudo 5 anos atrás para tentar descobrir por que as árvores da cidade apresentavam um “crescimento estranho”, de acordo com a PC World. O estudo, conduzido por um pesquisador da Universidade de Wageningen descobriu que 70% das árvores em áreas urbanas têm o mesmo sintoma hoje, contra só 10% 5 anos atrás. Alguma coisa deve ter mudado.
O estudo expôs então 20 árvores à várias fontes de radiação por um período de 3 meses. As árvores posicionadas mais próximas das ondas Wi-Fi apresentaram um brilho diferente em suas folhas, causados pela morte de duas camadas de tecido. “Isso pode, em algum momento, levar à morte de partes das folhas”, concluiu o pesquisador. O estudo descobriu também que a radiação Wi-Fi pode inibir o aparecimento das espigas de milho em milharais.
Mas quando a mídia viu o estudo e já começou com o bom e velho sensacionalismo “Morte chega por vias aéreas, invisível”, ou qualquer coisa assim, o Bureau de Antenas da Holanda pediu cautela, alertando que outros estudos mostraram que o Wi-Fi não causa problemas, e que portanto não é possível cravar grandes conclusões. Vamos ter que esperar pelos próximos episódios…

Fonte: eco4planet.com