segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Projeto asiático criará “árvore tecnológica” de 300 metros de altura


Foto: Divulgação
Um curioso edifício chamado “Floating Observatories” (Observatórios Flutuantes) com 300 metros de altura, deve ser o mais novo ponto turístico de Taiwan, informa o site Physorg.
O projeto asiático foi pensado para ser uma “árvore tecnológica”, onde estarão um centro de informações, museu, escritórios, sala de conferências, deques fixos e em movimento para observação, além de restaurantes e estacionamento. Um projeto que se tornará realidade em 2012, mas que irá durar somente dois anos.

Foto: Divulgação
Ele foi inteiro projetado para minimizar os impactos ambientais durante e após a construção.
Além do sistema de ventilação que diminuiu o uso de ar condicionado, há turbinas e células solares para gerar energia, um coletor e purificador de água de chuva e fibras ópticas para iluminar as áreas subterrâneas. Há ainda um sistema geotérmico para aquecimento da água que também será usado para manter a temperatura do edifício agradável no inverno.
E mais, cada um dos seus “elevadores” externos tem capacidade para até 80 pessoas e será feito de materiais leves desenvolvidos pela indústria espacial. Eles se movimentarão para cima e para baixo em um trilho vertical sendo sustentados por um forte campo magnético e elevados por balões de hélio.
Foto: Divulgação
Com tantos detalhes em sua criação ecologicamente correta, a terceira maior cidade do país chamada de Taichung o premiou em seu concurso Taiwan Tower Conceptual International Competition.
Além do prêmio de US$125 mil, o time terá verba cedida pela prefeitura de Taichung para construir o edifício que, embora bem menor do que o arranha-céu Taipei de 508 metros de altura, deve se tornar um marco no país.
Foto: Divulgação
A equipe vencedora é formada por membros da Dorin Stefan Birou Arhitectura (DSBA), Upgrade.Studio e Mihai Cracium e foi liderada pelo arquiteto romeno Stefan Dorin, desbancando outros 236 projetos de 25 países.

Fonte: eco4planet.com

Energia de ondas para turbina eólica

Wave Treader


Cada vez mais aumenta os investimentos em todo o tipo de energia limpa e renovável, muitos países incluindo o Brasil, tem projetos ou em funcionamentoturbinas eólicas ao longo da costa marítima.
Aqui no ThinkGreen já apresentamos com é possível obter energia atravez das ondas do mar, agora a empresa Green Ocean Energy Ltd aproveita a infraestrutura utilizada para as turbinas eólicas para o Wave Treader.
Ligado a aste de sustentação das turbinas eólicas, o Wave Treader é acionado pela oscilação da maré que movimenta uma estrutura de cilindros hidráulicos, por sua vez impulsionam um gerador elétrico. A eletricidade é distribuida através do cabo compartilhada com a turbina eólica.
Cada Wave Treader é projetado para gerar até 500 kW e as primeiras versões comerciais estaram disponíveis em 2011.

Geração de energia pelo mar.


Scheme water power

Gerar energia atravez das ondas do mar é foco de pesquisa desde 1970, teoricamente a energia disponível das ondas é de 1.000 megawatts por kilometro de costa marítima.
Pesquisadores do MIT e Portugueses estão trabalhando no desenvolvimento de dispositivos para obter de 100 a 200 megawatts por kilometro de costa desse potencial energético, o maior problema é a força e corrosividade do mar.
Recentimente no programa Planeta Mecânico da National Geographic foi construido em escala reduzida, um sistema para gerar energia pelas ondas, afim de mostrar que é possível aproveitar o potencial energético de cada região, pena que este programa é pouco apresentado.


Fonte:http://www.thinkgreen.blog.br 

Desafios Socioambientais para o Brasil pós-Lula


Análises do quadro político pós-eleitoral dão como certo que Dilma iniciará seu governo com maioria folgada no Congresso (+ de 3/5 na Câmara e no Senado) e que um grande desafio para a nova presidente será administrar essa maioria difusa, carente da liderança, do jogo de cintura, do carisma que tem seu antecessor e avalista maior.  Dilma terá que compor, juntamente com Temer e outros aliados-articuladores políticos de peso, interesses fragmentados dos mais pragmáticos e fisiológicos, aos ideológicos e setoriais. O PMDB, por exemplo, principal aliado de Dilma,  maior vitorioso dessas eleições, não possui em seus quadros políticos mais do que um ou dois políticos de expressão regional que formulem duas frases inteiras e conseqüentes em defesa da perspectiva socioambiental. No entanto possuem em seus quadros alguns dos ruralistas mais ávidos por retrocessos na legislação ambiental. No PT não é muito diferente uma vez que em relação a temas importantes como o código florestal, e o CONAMA, por exemplo, não há consenso, apesar da Presidente eleita, durante a campanha, ter anunciado que vetará retrocessos (anistias e reduções de proteção ambiental).
A conjuntura econômica por seu turno parece ser favorável à perspectiva desenvolvimentista em função da estabilidade política, econômica e social alcançada nos últimos 16 anos. O ambiente é favorável para as grandes inversões desejadas ou previstas no curto prazo para projetos e obras ligados à Copa do Mundo, às Olimpíadas, ao Pré-Sal, à indústria automobilística, à agropecuária, à construção civil, à infra-estrutura de energia e transportes em geral. O Brasil já é o 4º maior mercado mundial automobilístico, deve gerar algo em torno de 2,5 milhões de empregos e crescer acima de 8% em 2011 - o dobro da média projetada de crescimento mundial, com estabilidade inflacionária em 5% (se a guerra cambial permitir). Deixamos de ser coadjuvantes no cenário econômico Global.
Como resultado retumbante das urnas é nítido o recado de que as demandas materiais básicas das classes mais pobres vêm sendo atendidas de forma mais satisfatória do que em governos anteriores. Os dados são realmente impressionantes: mais de 25 milhões de brasileiros saíram da linha da miséria, mais de 30 milhões passaram da pobreza para a chamada classe média (C) -  motor fundamental para manter a economia aquecida e o País ter saido precocemente da crise, geração de cerca de 15 milhões de empregos formais, mais de 12 milhões de famílias atendidas pelo Bolsa Família, crescimento no volume de investimento na agricultura familiar, consumo superior a R$2,2 tri em 2009, dentre outros indicadores relevantes.
Esse avanço no campo sócio-econômico obviamente que nos cobra um preço: o aumento no consumo de bens e serviços em escala inédita, a demanda por mais produção de alimentos e de bens duráveis, mais importação, mais consumo de energia e de recursos naturais, mais infra-estrutura logística, e consequentemente mais pressão antrópica sobre os processos ecológicos vitais e sobre as populações indígenas e tradicionais, tudo isso no curto prazo, em tempo real. Um tsumani vem vindo ai.E a Defesa Civil ainda não soou o alerta vermelho.
É preciso reconhecer que o quadro institucional e político da gestão socioambiental no Brasil ainda é vulnerável apesar dos avanços legais e institucionais promovidos principalmente nos últimos quinze anos. O Congresso Nacional aprovou várias normas importantes nesse período e que demandam um novo modelo de gestão pública socioambiental. Listo aqui algumas delas sem a pretensão de ser taxativo: a Lei de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (1997), a Lei de Crimes e Infrações contra o Meio Ambiente (1998), o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (2000), a Lei de Gestão de Florestas Públicas (2006), a Lei da Mata Atlântica (2006), a Lei de Diretrizes para o Saneamento Básico (2007), a Lei de Política Nacional de Mudanças Climáticas (2009) e a Lei de Política Nacional de Resíduos Sólidos (2010). Não é por falta de Lei que não se fará a gestão socioambiental no País, mas suas instâncias implementadoras e os me ios para sua efetivação estão longe de constituir dado positivo da realidade.
As competências ambientais administrativas não estão seguramente definidas e continuam sendo motivo de judicialização gerando insegurança para todos, dos cidadãos afetados diretamente aos fundos de investimento. Boa parte das obras e empreendimentos relevantes para a infra-estrutura básica devem ser licenciados nos estados cujos órgãos licenciadores e fiscalizadores em sua maioria ainda são precários tanto em termos de capacidade humana quanto material e não contam com apoio do governo federal que só delegou até agora o ônus. A responsabilidade ambiental não é critério para a repartição de benefícios no plano do regime de divisão do bolo dos impostos entre os entes federativos, apesar de ser condição sine qua non para o crescimento do bolo. Em outras palavras, o SISNAMA - Sistema Nacional de Meio Ambiente ainda é uma ficção (com raras exceções que confirmam a regra).
Inexistem incentivos econômicos robustos e crédito diferencial em escala voltados para as atividades e empreendimentos agregadores de serviços ambientais, ao contrário. Sequer linhas específicas para pequenas e médias empresas que precisam melhorar seu desempenho ambiental, ou apenas se regularizar perante a legislação ambiental, contam com apoio financeiro em bases competitivas. Não há incentivos econômicos em escala para a economia de baixo carbono ou que incentivem a redução no consumo de energia e minimizem ou substituam o uso de recursos naturais não-renováveis. Não há política econômica para o desenvolvimento sustentável.
Os instrumentos de ordenamento e de planejamento ambiental e territorial como o Zoneamento ecológico-econômico, e avaliação ambiental estrategica sequer marco legal possuem e são considerados peças literário-burocráticas pelos formuladores dos orçamentos públicos e os tomadores de decisão acerca dos investimentos públicos e privados. Quando atrapalham planos desenvolvimentistas são logo alterados a penadas ou revogados tacitamente. Quem faz planejamento estratégico no Brasil são os setores privados e os investidores em detrimento do interesse público, da integração de políticas e da visão sistêmica no desenvolvimento territorial.
Temos uma meta aparentemente ambiciosa de redução de emissões de gases de efeito estufa aprovada por lei e que deve afetar os principais setores da economia nacional - indústria, agropecuária, transportes, energia, uso do solo (queimadas e desmatamentos) em todo País. Carecemos, porém, de definições claras e objetivas a respeito do marco regulatório, dos meios e do arranjo institucional que viabilizarão as negociações e operações efetivas rumo às metas (de curto prazo, 2020) previstas em lei. Não fossem os esforços iniciados na gestão de Marina Silva para a redução dos desmatamentos na Amazônia as metas aprovadas em Lei estariam inviabilizadas.
Não tratei aqui de outros grandes desafios (recursos hídricos, resíduos sólidos e saneamento) que pressupõem, além de vontade política (e consequentemente dinheiro), o enfrentamento dos pontos acima elencados (competência, fortalecimento e integração institucional, política de incentivos econômicos, ordenamento e planejamento ambiental e territorial).
Neste momento estratégico de transição entre os governos Lula-Dilma e de negociações político-partidárias em torno de pastas e prioridades "programáticas" e supondo que o Brasil queira de fato se consolidar, já na próxima década, como uma das maiores economias sustentáveis do Planeta, questiono: Isso será possível sem que os desafios aqui apresentados sejam definitivamente enfrentados nesses próximos quatro anos? A única certeza que tenho é que teremos muito trabalho pela frente.

Autor: André Lima, militante socioambientalista, advogado, formado em Direito em 1994 pela Universidade de São Paulo, Mestre em Políticas Públicas e Gestão Ambiental (UnB), Consultor em Política e Direito Socioambiental.
André Lima - www.andrelima2010.com.br
Fone: 61 35564343 / 96499908
Twitter: andrelimadf
skype:alima1271
Fonte: http://www.ipam.org.br/blogs

sexta-feira, 26 de novembro de 2010


Já imaginou um enorme jardim protegido por uma cúpula? Ficção? Coisa de outro mundo?
Pois bem, ela existe, no papel, mas pode  se tornar real.  O mais novo e curioso projeto atende pelo nome de Ecocity 2020 e foi idealizado pelo estúdio de arquitetura inovadora AB Elis Ltd.. A  proposta busca a reabilitação da zona industrial Mirniy no leste da Sibéria, Rússia.
A tal cidade seria construída em três níveis principais com uma fazenda vertical, florestas, residências e áreas de lazer. E tudo de baixo de uma grande…  cúpula?  Talvez este “detalhe” é que traga o aspecto mais interessante da tal cidade ecológica, que seria coberta por essa cúpula cheia de células fotovoltaicas para coletar  energia solar suficiente para o empreendimento.
A área de habitação está situada no primeiro nível e tem terraços exteriores com vista para uma floresta no centro da cidade. O local escolhido para a criação do projeto é uma cratera gigante, uma das maiores pedreiras do mundo, com mais de um quilômetro de diâmetro e 550 metros de profundidade.
Um núcleo central abriga a maioria das circulações verticais e a infra-estrutura, juntamente com um centro de pesquisa multi-nível. A nova cidade seria capaz de acomodar mais de 100.000 pessoas.
A intenção é criar um novo jardim para a a cidade que será protegido contra as duras condições ambientais caracterizadas por longos e severos invernos e verões quentes mesmo que curtos, criando um novo tipo de urbanismo altamente denso e em harmonia com a natureza.

Fonte: eco4planet.com

Estudo afirma que Wi-Fi deixa árvores doentes




Wi-Fi, nosso querido meio para entrega de informação, pode estar matando árvores, ao menos é o que aponta o estudo de uma universidade holandesa. Isso é meio complicado, já que amamos tanto as árvores quanto o Wi-Fi.
A cidade holandesa de Alphen aan den Rijn financiou o estudo 5 anos atrás para tentar descobrir por que as árvores da cidade apresentavam um “crescimento estranho”, de acordo com a PC World. O estudo, conduzido por um pesquisador da Universidade de Wageningen descobriu que 70% das árvores em áreas urbanas têm o mesmo sintoma hoje, contra só 10% 5 anos atrás. Alguma coisa deve ter mudado.
O estudo expôs então 20 árvores à várias fontes de radiação por um período de 3 meses. As árvores posicionadas mais próximas das ondas Wi-Fi apresentaram um brilho diferente em suas folhas, causados pela morte de duas camadas de tecido. “Isso pode, em algum momento, levar à morte de partes das folhas”, concluiu o pesquisador. O estudo descobriu também que a radiação Wi-Fi pode inibir o aparecimento das espigas de milho em milharais.
Mas quando a mídia viu o estudo e já começou com o bom e velho sensacionalismo “Morte chega por vias aéreas, invisível”, ou qualquer coisa assim, o Bureau de Antenas da Holanda pediu cautela, alertando que outros estudos mostraram que o Wi-Fi não causa problemas, e que portanto não é possível cravar grandes conclusões. Vamos ter que esperar pelos próximos episódios…

Fonte: eco4planet.com

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Entenda o que está em jogo nas alterações do Código Florestal



Entenda o que está em jogo nas alterações do Código Florestal (clique aqui ou na imagem para ampliá-la):

Fonte: http://colunas.epoca.globo.com/planeta/

Reforma do Código Florestal pode reduzir estoques de 7 bilhões de toneladas de carbono

A lei federal que determina como o solo brasileiro deve ser ocupado é o Código Florestal. O documento diz como e quanto de mata nativa é preciso resguardar em cada propriedade. Legisla para grandes e pequenos. Para solos amazônicos ou do Cerrado. A versão original do Código é de 1934, revista e modificada em 1965. De lá para cá, mais de 16 mil emendas ou medidas provisórias alteraram seu texto. Como está hoje, é praticamente impossível de ser cumprido. Principalmente porque não considera as peculiaridades das regiões ou o tamanho das fazendas.
O Código está sendo revisto no Congresso. De um lado, os ambientalistas defendem um documento que não impulsione novos desmatamentos e não anistie quem derrubou floresta no passado. Do outro, a bancada ruralista quer a flexibilização das regras para aumentar a área de plantio e pecuária.
A organização Observatório do Clima divulgou hoje um estudo que mostra as consequencias de uma possível mudança no Código. Diz que, se forem aprovadas as alterações no documento conforme a proposta do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), o clima vai pagar a conta. O afrouxamento da lei estimularia o desmatamento – e permitiria a liberação na atmosfera de quase 7 bilhões de toneladas de carbono acumuladas em diversos tipos de vegetação nativa. É mais de 13 vezes as emissões do Brasil em 2007.
Uma das propostas de alteração do Código Florestal isenta os agricultores de manter e recuperar a reserva legal em pequenas propriedades rurais (até quatro módulos fiscais, ou 400 hectares). Significa em torno de 69,2 milhões hectares sem proteção da reserva legal, área maior que o estado de Minas Gerais.
A mudança ainda prevê diminuir de 30 metros para 15 metros a área de preservação de matas ciliares em rios com até 5 metros de largura. A alteração faria com que os seis biomas brasileiros deixassem de estocar 156 milhões de toneladas de carbono, correspondendo a mais de 570 milhões de toneladas carbono, numa área de 1,8 milhão de hectares.
André Ferretti, coordenador do Observatório do Clima, diz que o estudo contempla apenas uma das diversas facetas das propostas de modificação do Código Florestal. “Com a aprovação do texto, a meta do Brasil de reduzir as emissões nacionais de gases causadores do aquecimento global viraria pó, além dos inúmeros impactos causados à biodiversidade”, avalia.
As modificações ainda podem comprometer gravemente a meta brasileira de redução de emissões estipulada na Política Nacional de Mudanças Climáticas. O Brasil assumiu ano passado, em Copenhague, o compromisso de cortar aproximadamente 1 bilhão de toneladas de suas emissões de gases no ano de 2020.

Fonte: http://colunas.epoca.globo.com/planeta/

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A importância das florestas em pé na Amazônia

A floresta Amazônica representa um terço das florestas tropicais do mundo, além de conter mais da metade da biodiversidade do planeta. O desmatamento na região representa hoje a liberação de 200 milhões de toneladas de carbono por ano (2,2% do fluxo total global). Conheça abaixo a importância de manter as florestas em pé, baseado na cartilha de mesmo nome publicada pelo IPAM em 2001, com texto de Cláudia Azevedo (Professora da UFPA e então Pesquisadora do IPAM) e fotos de Toby (IPAM) e Edivan Carvalho (IPAM). Com dados atualizados em julho de 2010 por Simone Mazer (IPAM).

Serviços Ecológicos
A floresta Amazônica representa um terço das florestas tropicais do mundo, desempenhando papelimprescindível na manutenção de serviços ecológicos, tais como, garantir a qualidade do solo, dos estoques de água doce e proteger a biodiversidade. Processos como a evaporação e a transpiração de florestas também ajudam a manter o equilíbrio climático fundamental para outras atividades econômicas, como a agricultura.


Recursos Hídricos
A região Amazônica tem um papel preponderante no uso múltiplo dos recursos hídricos (água potável, navegabilidade, aproveitamento energético, pesca, lazer, etc). A região Amazônica concentra 20% da água doce do planeta. A manutenção de florestas nas margens de rios evita erosões, assoreamentos e garante alimento para vários organismos aquáticos.



Proteção contra incêndios
As florestas da Amazônia funcionam como grandes barreiras contra incêndios, não deixando que o fogo, que escapa de campos agrícolas e pastagens, se espalhe. A vegetação alta e densa das florestas e sua capacidade de permanecer sempre verde e exuberante, mesmo nos meses de seca, são o segredo deste importante serviço ecológico. O sombreamento da floresta mantém sua umidade e a protege contra os incêndios. O fogo que escapa da agricultura e da pecuária queima cercas, culturas perenes (como cupuaçu e a laranja), plantações florestais e pastagens, causando um prejuízo de mais de U$ 107 milhões por ano à sociedade brasileira. Quando ocorre a exploração madeireira sem os cuidados em reduzir os impactos sobre o ambiente ou as florestas são desmatadas, as “barreiras” florestais gigantes são substituídas por vegetação altamente inflamável e o risco de incêndio aumenta.

Biodiversidade e Biotecnologia
Embora cobrindo apenas 7% da superfície terrestre, a floresta Amazônica contém mais da metade da biodiversidade do mundo, representando um tesouro inestimável para a humanidade e um grande potencial para o desenvolvimento da biotecnologia. Na floresta encontramos, por exemplo, essências variadas, substâncias para o combate às pragas e para o desenvolvimento de produtos farmacológicos, além de conter um grande potencial para a geração de novas fontes de recursos utilizáveis.

Extrativismo
Cinco milhões de pessoas (entre populações tradicionais e familiares) no Brasil vivem na ou da floresta. Na Amazônia, a extração de produtos não-madeireiros (óleos, resinas, ervas, frutos e borracha), contribui economicamente para a vida de 400 mil famílias de extrativistas. Os recursos florestais, desde que racionalmente utilizados, trazem benefícios econômicos às populações locais, fixam o homem no campo e melhoram sua qualidade de vida.


Populações Indígenas
No Brasil, existem cerca de 460.000 índios divididos em 225 sociedades indígenas e 180 línguas. Apenas 12,41% das terras do país estão delimitdas aos índios. A Amazônia Legal abriga 69% dessas terras e 55% das populações indígenas, as quais dependem da floresta para perpetuarem seu modo de vida e sua cultura. Dos índios amazônicos, 63 referências de índios não contatados, indicando a existência de uma riqueza cultural ainda desconhecida. A longa e acumulada experiência dos povos indígenas em relação ao uso dos recursos da floresta é uma fonte de informação valiosa para a ciência e a tecnologia moderna.

Ecoturismo ou Etnoturismo
As belezas naturais e a variedade cultural dos povos da Amazônia podem ser convertidas em benefícios econômicos através do ecoturismo ou do etnoturismo, gerando empregos diretos e indiretos. Segundo a Organização Mundial de Turismo, o ecoturismo cresce 20% ao ano em relação aos 7,5% do turismo convencional. No Brasil, embora essa atividade ainda esteja se desenvolvendo, meio milhão de pessoas praticam ecoturismo, gerando 30.000 empregos diretos, movimentando cerca de 500 milhões de reais por ano. Na Amazônia, surpreendentemente, esta atividade ainda é incipiente e pouco explorada.

Exploração Madeireira
A região Amazônica é uma das maiores produtoras de madeira tropical do mundo, já utilizando 350 espécies de árvores para fins comerciais. A falta de planejamento nas atividades de exploração gera um desperdício de cerca de 60% nas serrarias. A exploração racional não esgota o recurso, reduz desperdícios e, comparada a agropecuária extensiva, gera o dobro de empregos e paga salário quatro vezes maior. A Certificação Florestal, mecanismo que assegura ao consumidor que determinado produto provém de áreas bem manejadas, incentiva a exploração madeireira de impacto reduzido, a qualificação da mão de obra, trás benefícios sociais e aumento o retorno econômico da atividade.

Agricultura
O incentivo à atividade agrícola em certas regiões da Amazônia é questionável.  O retorno econômico da agricultura extensiva é de 10% contra 71% da exploração madeireira de manejo sustentável. Grande parte da agricultura familiar na Amazônia, pobre em recursos e tecnologia, persiste baseado nos nutrientes advindos da floresta convertidos através do secular sistema de corte-e-queima. A intensificação da agricultura e a recuperação de áreas abandonadas em certas regiões diminuiria a pressão sobre as florestas.

Pecuária
O retorno econômico da pecuária extensiva na Amazônia é de apenas 4% contra a exploração madeireira de manejo sustentável com desempenho de 71%. Além disto, a relação tributária potencial do setor madeireiro em relação a pecuária extensiva é de 8 para 1. Se o caráter extensivo fosse substituído pelo intensivo, com manejo sustentável dos solos, a pecuária poderia continuar crescendo e as pastagens atuais suportariam o dobro do rebanho, sem a necessidade de aberturas de novas áreas.

Mudanças Climáticas
As florestas da Amazônia funcionam como grandes armazéns de carbono, o qual se encontra estocado nos tecidos vegetais. Quando a floresta é derrubada e queimada, este carbono é liberado para a atmosfera, o que contribui para o aumento da temperatura da Terra devido ao efeito estufa (0,7ºC no último século). Os efeitos associados ao contínuo aumento das emissões de CO² (9 bilhões de toneladas por ano) e de outros gases para a atmosfera, são mudanças no clima, quebra de safras agrícolas e o aumento do nível do mar, o que poderia inundar as cidades litorâneas. As emissões de carbono para a atmosfera provêm da queima dos combustíveis fósseis (80%) e das mudanças no uso da terra (20%), principalmente o desmatamento. O desmatamento na Amazônia libera 200 milhões de toneladas de carbono por ano (2,2% do fluxo total global). Por outro lado, a Amazônia armazena em suas florestas o equivalente a uma década de emissões globais de carbono.

Referencias:
A Importância das Florestas em Pé na Amazônia (2001. IPAM, Cláudia Azevedo-Ramos)
Evolução Histórica do Extrativismo (IBAMA, Rafael Pinzón Rueda. Disponível em:http://www.ibama.gov.br/resex/textos/h2.htm)
Incêndios causam US$ 5 bilhões em prejuízo (2009. REVISTA DA MAEIRA, Ed.69. Disponível em:http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?num=293&subject=Queimadas&title=Inc%EAndios%20causam%20US$%205%20bilh%F5es%20em%20preju%EDzo)
Ecoturismo: viagem sustentável (2004, INSTITUTO AQUALUNG. Disponível em:http://www.institutoaqualung.com.br/info_ecoturismo_55.html)
 Fonte: http://www.ipam.org.br/saiba-mais