sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Pesquisadores desenvolvem tecido revestido de nanotubos para purificar a água

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O tecido pode diminuir 98% das impurezas presentes na água

Depois de uma caminhada, corrida ou atividade física, a primeira saída para reabastecer a energia é tomar água. Fresca, limpa, a água potável é algo cada vez mais raro no planeta, principalmente em lugares que sofrem com as consequências de catástrofes. No entanto, um projeto desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Stanfordpode tornar a filtragem de água muito mais barata e simples.

Trata-se de um pedaço de tecido de algodão revestido com nanotubos que filtram quase todas as bactérias de forma mais rápida do que outros métodos de filtragem.

Em um comunicado, a Universidade de Stanford afirma que foi adicionado ao algodão um composto de nanofios de prata e nanotubos de carbono de última geração.

A maioria dos sistemas de filtragem mantém as bactérias e partículas, de modo que apenas cerca de 0,1% das bactérias permanece na água própria para consumo. A diferença para a nova tecnologia, é que, em vez de prender as impurezas, um campo elétrico que atravessa o algodão mata qualquer tipo de bactéria.

Segundo o comunicado, em testes de laboratório, mais de 98% das bactérias do tipoEscherichia Coli,que foram expostas a 20 volts de eletricidade no filtro, foram mortas. Este tecido também pode filtrar cerca de 80 mil vezes mais rápido do que os comuns. A nova tecnologia ainda poderia ser uma maneira rápida e eficaz de evitar doenças como cólera, febre tifóide e hepatite, acreditam os pesquisadores.

Funcionamento

Para funcionar, o filtro-tecido precisa de uma fonte de energia, que, segundo os cientistas, pode ser um pequeno painel solar ou um par de baterias de automóveis de 12 volts. A equipe sugere ainda, que uma bicicleta ou uma manivela faça o serviço de alimentação dessa energia.

O comunicado da empresa não informa sobre questões de segurança envolvendo eletricidade e água ou sobre o processo de cultivo do algodão que gerou o tecido. Entretanto, já existe uma vontade de tornar o produto ainda mais eficiente para consumo. Os pesquisadores pretendem testar o tecido com outras bactérias e adicionar mais camadas de filtragem, na intenção de atingir uma taxa de 100% de pureza da água.

Fonte: www.ecodesenvolvimento.org.br

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