terça-feira, 28 de junho de 2011


Brasileiros são os mais preocupados com meio ambiente

27/06/2011   -   Autor: Fabiano Ávila   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil/G&A Comunicação Empresarial

Pesquisa que entrevistou nove mil pessoas em oito países mostra que 77% dos consumidores do Brasil estão mais atentos aos problemas ambientais do que aos econômicos e que 48% estão dispostos a gastar mais em produtos sustentáveis.

A palavra sustentabilidade na publicidade nacional virou um mantra que é repetido por empresas dos mais diversos setores e parece que realmente este é um caminho a ser seguido para agradar os consumidores brasileiros.
Segundo a pesquisa ImagePower® Green Brands 2011, uma das maiores do mundo a avaliar as opiniões dos consumidores com relação a responsabilidade corporativa ambiental, os brasileiros estão mais preocupados com o meio ambiente (77%) do que com a economia (20%). Nos dois aspectos, o Brasil é o país com o maior e menor índice entre todas as nações entrevistadas.
Realizada pelo sexto ano seguido, a pesquisa ouviu nove mil consumidores da Alemanha, Austrália, Brasil, China, Estados Unidos, França, Índia e Reino Unido. No Brasil, foram entrevistadas 1.101 pessoas nas principais cidades do país. 
No total, mais de 60% dos consumidores consultados querem comprar de empresas que têm a responsabilidade ambiental entre suas prioridades. Nos oito países, uma parte considerável dos entrevistados prefere gastar mais se tiverem a certeza que o produto em questão tem um menor impacto no meio ambiente. Esse percentual nas nações ricas chegou a 20% e no Brasil atingiu surpreendentes 48%.
“Estamos vendo uma mudança na mentalidade no que se diz respeito à compra de produtos verdes. Os consumidores estão percebendo que escolhas sustentáveis trazem benefícios para suas famílias e que, ao longo prazo, bens como automóveis mais eficientes são inclusive melhores para a economia doméstica”, explicou Russ Meyer, diretor de estratégia da Landor Associates, uma das empresas responsáveis pela pesquisa.   
Enquanto os brasileiros sempre deixaram claro sua preocupação quanto à questão ambiental, a China mostrou uma mudança de opinião. Em 2009 e 2010, o índice de chineses que se preocupavam com o meio ambiente era de 29% e 32%, respectivamente. Na edição 2011, o quadro se inverteu e o índice chega a 58%, enquanto a porcentagem dos entrevistados que se preocupam com a economia caiu de 67% para 42%.
Já a nação que mais se preocupa com a economia é o Reino Unido, com 71%, contra 24% dos entrevistados que responderam estar mais ligados com o meio ambiente. Essa tendência também é vista em países como Estados Unidos e França.
Nos países desenvolvidos, os consumidores procuram produtos que tenham algum tipo de certificação que comprove que os itens comprados sejam realmente provenientes de empresas verdes. Na França, Alemanha e China, essa questão é ainda mais acentuada, chegando a porcentagens como 66%, 64% e 62%, respectivamente.
Já no Brasil, os consumidores não costumam prestar atenção se os produtos são certificados por alguma organização – apenas 31% dos entrevistados se mostraram atentos a esse quesito.  Quando perguntados que marcas estão mais ligadas a preservação ambiental, os brasileiros colocaram em primeiro lugar a Natura, seguida pelo Boticário.
Além disso, os brasileiros também estão dando mais atenção para a questão do desflorestamento do que para outros assuntos que envolvem sustentabilidade. Nessa edição da pesquisa, 32% dos entrevistados afirmaram ser essa a maior questão que o Brasil deve enfrentar e, em segundo lugar, estão as mudanças de climáticas, com 15%. Os países desenvolvidos se mostraram mais preocupados com o uso da energia.
“Os consumidores nas nações em desenvolvimento tendem a acompanhar no seu cotidiano muitas notícias ambientais, por isso indianos se mostram tão preocupados com a poluição no ar e os brasileiros com desmatamento. Assim, as empresas que conseguem de verdade lidar com esses problemas em suas cadeias de produção possuem uma grande vantagem competitiva, explicou Paul Andrepont, presidente da consultoria Penn Schoen&Berland, que conduziu a pesquisa com a participação das agências da WPP, Landor Associates e Cohn & Wolfe – representada no Brasil pela G&A Comunicação Empresarial.

FONTE: http://www.institutocarbonobrasil.org.br/?id=727861

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