ONU pede ações concretas para as mudanças climáticas
“Os fatos são claros. As emissões de gases do efeito estufa continuam a aumentar. Milhões de pessoas estão sofrendo neste momento os impactos disto. As mudanças climáticas são muito reais”, afirmou enfático o secretário-geral das Nações Unidas.Ban Ki-moon está visitando a Oceania com o objetivo de presenciar os problemas que as pequenas nações insulares do Pacifico estão enfrentando e também para dar apoio às medidas propostas pelo governo australiano de uma taxa de carbono para setores industriais que são grandes poluentes.
“Eu sei que existem céticos, pessoas que afirmam que as mudanças climáticas não existem. Sugiro que qualquer um que ainda pense assim visite Kiribati e converse com seus habitantes. Se todos vissem como eles estão preocupados com o constante aumento do nível do mar e o quanto o oceano realmente avançou, não haveria mais dúvidas”, declarou o secretário-geral.
“Migrantes ambientais já começaram a transformar a geografia humana do planeta. Esse movimento só vai aumentar daqui para a frente se não fizermos nada para deter as emissões”, acrescentou.
O que Ban ki-moon e a ONU esperam é que os países assumam compromissos maiores na próxima Conferência do Clima (COP17), que começa em novembro na cidade sul-africana de Durban.
O encontro, que deve contar com a presença de representantes das 193 nações membros da ONU, está cercado de dúvidas e obstáculos.
O maior deles é com certeza o futuro do Protocolo de Quioto, que vai expirar no fim de 2012. Os países emergentes que formam o BASIC (Brasil, África do Sul, Índia e China) vão lutar conjuntamente pela extensão do tratado. Já nações industrializadas lideradas pelo Estados Unidos não desejam mais nem discutir Quioto. A União Europeia promete propor um meio termo, um Protocolo modificado que possa garantir metas para “todos os grandes emissores”.
Para Ban Ki-moon, as perspectivas para a COP 17 não são tao ruins como analistas sugerem.
“Muitos países estão dando os primeiros passos para lidar com as mudanças climáticas. A China anunciou que vai reduzir sua intensidade de carbono em 45% e vem disputando com os EUA a liderança da corrida pelo desenvolvimento das energias renováveis. A Índia também promete aumentar os investimentos nas fontes limpas em até 350%”, afirmou.
O secretário-geral destacou também os planos australianos de criar uma taxa de carbono. O governo da primeira-ministra Júlia Gillard está passando grandes dificuldades para convencer a opinião pública da necessidade de aprovar as medidas de limitar as emissões.
Segundo a proposta, os 500 maiores emissores australianos terão que pagar um imposto de A$23 (R$ 38,55) por cada tonelada de carbono emitida, sendo que esse valor aumentará em 2,5% ao ano até 2015, quando deverá ser estabelecido um mercado propriamente dito. O esquema cobrirá 60% das emissões australianas se forem desconsideradas as provenientes da agricultura e de veículos leves.
A meta da taxa é reduzir as emissões em 5% até 2020 com relação aos níveis de 2000, o que significa um corte de 160 milhões de toneladas.
“Essas ações são essenciais por si só, mas elas podem também inspirar progressos em uma escala global. Meu conselho para vocês é que sejam corajosos, ambiciosos e pensem grande”, declarou Ban Ki-moon durante uma palestra na Universidade de Sidney.
O apoio da ONU pode ser fundamental para que o congresso australiano aprove as medidas.
Imagem: O arquipélago de Kiribati corre o risco de desaparecer devido ao aumento dos níveis do oceano.
“Eu sei que existem céticos, pessoas que afirmam que as mudanças climáticas não existem. Sugiro que qualquer um que ainda pense assim visite Kiribati e converse com seus habitantes. Se todos vissem como eles estão preocupados com o constante aumento do nível do mar e o quanto o oceano realmente avançou, não haveria mais dúvidas”, declarou o secretário-geral.
“Migrantes ambientais já começaram a transformar a geografia humana do planeta. Esse movimento só vai aumentar daqui para a frente se não fizermos nada para deter as emissões”, acrescentou.
O que Ban ki-moon e a ONU esperam é que os países assumam compromissos maiores na próxima Conferência do Clima (COP17), que começa em novembro na cidade sul-africana de Durban.
O encontro, que deve contar com a presença de representantes das 193 nações membros da ONU, está cercado de dúvidas e obstáculos.
O maior deles é com certeza o futuro do Protocolo de Quioto, que vai expirar no fim de 2012. Os países emergentes que formam o BASIC (Brasil, África do Sul, Índia e China) vão lutar conjuntamente pela extensão do tratado. Já nações industrializadas lideradas pelo Estados Unidos não desejam mais nem discutir Quioto. A União Europeia promete propor um meio termo, um Protocolo modificado que possa garantir metas para “todos os grandes emissores”.
Para Ban Ki-moon, as perspectivas para a COP 17 não são tao ruins como analistas sugerem.
“Muitos países estão dando os primeiros passos para lidar com as mudanças climáticas. A China anunciou que vai reduzir sua intensidade de carbono em 45% e vem disputando com os EUA a liderança da corrida pelo desenvolvimento das energias renováveis. A Índia também promete aumentar os investimentos nas fontes limpas em até 350%”, afirmou.
O secretário-geral destacou também os planos australianos de criar uma taxa de carbono. O governo da primeira-ministra Júlia Gillard está passando grandes dificuldades para convencer a opinião pública da necessidade de aprovar as medidas de limitar as emissões.
Segundo a proposta, os 500 maiores emissores australianos terão que pagar um imposto de A$23 (R$ 38,55) por cada tonelada de carbono emitida, sendo que esse valor aumentará em 2,5% ao ano até 2015, quando deverá ser estabelecido um mercado propriamente dito. O esquema cobrirá 60% das emissões australianas se forem desconsideradas as provenientes da agricultura e de veículos leves.
A meta da taxa é reduzir as emissões em 5% até 2020 com relação aos níveis de 2000, o que significa um corte de 160 milhões de toneladas.
“Essas ações são essenciais por si só, mas elas podem também inspirar progressos em uma escala global. Meu conselho para vocês é que sejam corajosos, ambiciosos e pensem grande”, declarou Ban Ki-moon durante uma palestra na Universidade de Sidney.
O apoio da ONU pode ser fundamental para que o congresso australiano aprove as medidas.
Imagem: O arquipélago de Kiribati corre o risco de desaparecer devido ao aumento dos níveis do oceano.
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