sábado, 2 de abril de 2011


Morte de morcegos pode causar prejuízo de mais de R$ 6 bilhões

Estimativa, calculada para a América do Norte, mostra importância econômica de animais selvagens


Foto: © Science/AAAS 


Colônia de morcegos deixando caverna no Texas: animais têm importância econômica
Uma análise feita por pesquisadores dos Estados Unidos e da África do Sul mostrou que a morte dos morcegos que comem insetos pode causar um prejuízo de mais de US$ 3,7 bilhões (cerca de R$ 6 bilhões) ao ano apenas na América do Norte. Eles calcularam  o que aconteceria se os morcegos comedores de insetos que destroem plantações e florestas simplesmente deixassem de fazê-lo.

Os números foram publicados na edição desta semana da revista Science. “Muitos de nós, que temos conduzido pesquisas com morcegos ao longo dos anos, assumíamos e dizíamos que eles eram economicamente importantes[...], mas não havíamos percebido a magnitude do impacto dos morcegos na agricultura”, explicou ao iG Thomas Kunz, um dos autores do artigo. Por exemplo, uma simples colônia de 150 morcegos marrrons (Eptesicus fuscus) em Indiana, Estados Unidos, come 1, 3 milhão de insetos que destroem plantações ao ano, o que traz uma economia considerável em pesticidas e outros métodos de controle de pragas.
A preocupação dos pesquisadores é que, nos últimos anos, tem ocorrido uma diminuição na população desses morcegos devido a uma estranha doença, batizada de síndrome do nariz branco, e ao aumento do número de turbinas de energia eólica. “Devido a estas ameaças combinadas, um declínio abrupto e simultâneo das populações [dos morcegos] está ocorrendo [..] em uma escala poucas vezes vista entre mamíferos”, afirmam eles no artigo. Kunz espera que o texto desperte o público em geral e os tomadores de decisão para o papel dos morcegos na agricultura e que “ajude a levantar fundos para fazer pesquisas que avaliem onde, quando e por que os morcegos estão sendo mortos por mudanças antropogênicas no ambiente”.

A morte dos morcegos não é uma questão apenas para a agricultura e as florestas da América do Norte. “Sim, eles são importantes no Brasil como são nos Estados Unidos, no Reino Unido e em outros locais do mundo”, afirmou Kunz.
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fonte:  http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia

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