terça-feira, 18 de outubro de 2011


Belezas do sertão encantam na serra em Juatama, Quixadá

Como conciliar turismo e ecologia? Como saber a razão
pela qual a caatinga é chamada de mata branca?

Que Juatama, em Quixadá, faz parte do Ceará, as lagartixas, as pedras do sertão central, os ufologistas, praticantes de vôo livre, ETs – e a Wikipédia – já sabem há tempo. O lugar no sopé da serra do Juá (o seu antigo nome) começou a juntar gente quando nasceu ali um tronco da Rede Viação Cearense em 1891 e a estação ferroviária que deu origem à vila.

O nome do lugar está associado hoje a biodiesel, sede da usina da Petrobras de extração do combustível, a voo livre e a turismo ecológico. Se é que são conciliáveis as duas palavras, uma vez que o turista só faz zanzar de um canto pra outro, o consumistas de paisagens e culturas. Como vai parar para sentir e desfrutar sem poluir as belezas do meio ambiente?

Conheci neste fim de semana o resort Pedra dos Ventos, um bem tratado conceito de hotel com algo mais que inclui trilhas, carneirada a preço decente, piscina e ar da caatinga perfumado 24hs por dia. Por que o bioma caatinga é também chamado de mata branca? Obtenha a resposta em uma caminhada na trilha que leva o nome do empreendimento de 10 anos, hoje com 22 apartamentos.

Duas horas de subida de ladeiras que lhe levam dos 400 aos 600 metros acima do nível do mar por dentro da mata branca, ouvindo o acústico das juritis, rolinhas, cancão e outros pássaros que ornitólogos visitam a região para ouvir, gravar e fotografar. Antonio Almeida, engenheiro químico, filho de quixadaense, investiu as economias na ideia de harmonizar hospedagem e 122 hectares de natureza, ao longo de 10 anos da história do equipamento.

Surpreende pela orgnização e simplicidade, com um bom serviço. Música da década de 70 e muita MPB que só cederam lugar ao brega no domingo quando a piscina recebe os visitantes pagou-nadou. Mais pra tomar banho de piscina do que natação. Tem gosto pra tudo, mas não é fácil o aconchego na rede ao som do forró de plástico que só deu trégua depois das 16h, quando voltou a harmonia do sonzinho maneiro.

Coincidiu a visita com um rodeio em Juatama com montadores de boi brabo e outras atrações para sentar na arquibancada. Dica de consumo na vila é o mel de abelha do seu Messias, em sua mercearia sortida.

Baseado na máxima chinesa de que uma imagem vale mais por mais palavras, este texto cede com muita honra ao motivo de mostrar 160 fotos de mais de mil que eu e minha mulher, Dulcinea Gil, cineasta, fizemos deste passeio inesquecível. Minha mente povoada das lembranças da serra do Juá.

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