sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Conferências de 2016 levam desafios ao ano vindouro


A união de todos os setores em prol da proteção da biodiversidade traz benefícios à qualidade de vida humana, à economia e permite melhor adaptar as sociedades aos impactos da mudança climática.
Crédito: Haroldo Palo Jr.

Dois mil e dezesseis vai ficar marcado na história pelo avanço significativo em três conferências internacionais, que apresentam caminhos para que a sociedade enfrente a destruição da natureza e a mudança global do clima. Problemas esses que impactam diretamente na qualidade de vida humana e na economia.

Em setembro, aconteceu no Havaí o Congresso Mundial de Conservação; em novembro, ocorreu no Marrocos a 22ª Conferências das Partes (COP) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima; e em dezembro  foi realizada no México a 13ª COP da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (CDB). Todos esses eventos contaram com a participação de representantes da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

O Congresso Mundial de Conservação trouxe um importante alerta: “os ecossistemas que suportam a economia, o bem-estar e a sobrevivência humana estão entrando em colapso; as espécies da fauna e da flora estão sendo extintas em taxas sem precedentes, o clima global está em crise e tudo isso está acontecendo diante dos nossos olhos”. 

Para enfrentar essa encruzilhada planetária, milhares de participantes desses três grandes eventos mundiais defenderam a conservação da biodiversidade como estratégia fundamental. Nesse contexto, um dos resultados positivos da COP 13 da CDB foi o compromisso firmado pelo setor privado, por meio do “Cancun Business and Biodiversity Pledge”. Empresas de diversos países – incluindo a brasileira Grupo Boticário – acordaram formalmente em promover práticas mais favoráveis à biodiversidade, além de acompanhar periodicamente e conjuntamente seus esforços.

Clima e biodiversidade
A união de todos em prol da proteção da biodiversidade tem outro valor imenso, que é tornar a comunidades e os ambientes mais resilientes aos impactos da mudança global do clima. Segundo estudo do Banco Mundial divulgado na COP 22 da Convenção do Clima, os desastres naturais provocados ou intensificados pela mudança do clima causam perda anual de 520 bilhões de dólares à economia mundial, levando cerca de 26 milhões de pessoas para abaixo da linha de pobreza todos os anos. 

A conclusão do estudo é que é possível garantir qualidade de vida para a população e ainda evitar perdas ao consumo mundial, se forem aplicadas medidas para tornar as sociedades mais resilientes a eventos climáticos extremos. “E uma forma segura, inteligente e econômica de se fazer isso é manter os ecossistemas naturais funcionando bem, para que eles contribuam na adaptação das sociedades aos impactos da mudança climática”, afirma a analista de projetos ambientais da Fundação Grupo Boticário, Juliana Baladelli.

Desafios para 2017
O Brasil – com representantes de governos, empresariado e sociedade civil – esteve presente nesses fóruns e reafirmou seu compromisso em prol da conservação da natureza. “Agora, para 2017, o desafio é ir além do discurso externo e praticar a coerência entre as políticas e decisões internas do país, com ações que promovam a conservação dos ambientes naturais e reduzam a emissão de gases do efeito estufa”, afirma a diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes. 

Para Malu, sabemos o que pode e dever ser feito: estabelecer mais UCs e implementar as existentes, zerar o desmatamento ilegal em todo o território, criar incentivos econômicos para tecnologias mais sustentáveis, investir em fontes de energia limpa e em agricultura de baixo carbono. “O caminho é longo, mas precisa ser percorrido o quanto antes, para o bem de todos”, finaliza Malu.

Fonte: http://www.fundacaogrupoboticario.org.br/pt/noticias/pages/conferencias-de-2016-levam-desafios-ao-ano-vindouro.aspx


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