sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Brasileiro descobre que pólen pode prever mudanças climáticas

Pesquisa tem fundamental importância para a preservação das florestas tropicais.

O estudante de doutorado Antonio Alvaro Buso Junior descobriu que o pólen produzido nas florestas tropicais brasileiras pode prever as mudanças climáticas que ocorrerão no futuro, em todo o planeta. Membro do Programa Ciência sem Fronteiras na Universidade de Edimburgo, na Escócia, o pesquisador aproveitou o estudo que aponta o comportamento do meio ambiente como maneira de reforçar a preservação dos ecossistemas brasileiros, sobretudo da Mata Atlântica.

Durante os experimentos, Antonio analisou mais de 140 amostras de pólen de árvores e ervas da Reserva Natural Vale, situada na Floresta Atlântica de Linhares, no território capixaba. Os resultados apontam variações de acordo com as estações do ano, durante os últimos sete mil anos, e podem ser usados para prever a reação da vegetação local frente às mudanças climáticas esperadas.
Ressaltando o poder das florestas tropicais, o acadêmico também aproveita a descoberta para fazer com que as pessoas deem mais valor à natureza. “Eu espero que nós possamos agora mostrar o resultado deste estudo, no intuito de que estes ecossistemas preciosos recebam maior proteção”, ressalta o cientista.
Além da estrutura oferecida pela comunidade acadêmica da Escócia, a pesquisa também conta com o apoio do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, da Universidade de São Paulo (CENA/USP). Motivado em levar mais à frente ainda os estudos acadêmicos, o brasileiro destaca sua experiência no Programa Ciência sem Fronteiras. “A Universidade de Edimburgo é um centro de pesquisa reconhecido internacionalmente, o que tem proporcionado diversas contribuições para a ciência da história natural, sendo um lugar inspirador para realizar meus estudos. A cidade de Edimburgo é também um lugar agradável para viver, cheia de história e cultura”, contou o estudante ao CNPq.

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