sábado, 8 de dezembro de 2012

Relatório destaca as empresas globais que mais reduziram sua pegada de carbono




Tabela de Desempenho Anual 2012-2013da organização não-governamental Climate Counts, publicada nesta quarta-feira (5), revela que, apesar do aumento nas atividades empresariais, o que teoricamente deveria resultar em mais emissões, grandes companhias mundiais estão conseguindo reduzir sua liberação de CO2 e se tornar mais sustentáveis.

Segundo o documento, que está em sua sexta edição, entre as 145 firmas globais analisadas, Unilever, UPS, Nike, Levi Strauss & Co., L’Oréal, AB Electrolux, IBM e Bank of America estão entre as que mais conseguiram cortar sua pegada de carbono.
Os 22 critérios de avaliação consideraram tópicos como a extensão com que foram conduzidas as análises sobre as emissões de gases do efeito estufa (GEEs); se foram desenvolvidos planos para reduzir as emissões; e se essas reduções foram atingidas. Além disso, as empresas também foram avaliadas por sua política climática e energética, assim como pela divulgação de seu desempenho em sustentabilidade.
“O fato de que muitas grandes corporações estão mostrando sinais de crescimento sustentável e cortando as emissões globais é de enorme significância. As companhias estão se recuperando, mas estão sendo capazes de fazê-lo com aquilo que precisamos fazer para as mudanças climáticas”, afirmou Mike Bellamente, diretor da Climate Counts, ao Greenbiz.
A tabela mostra que, em 2007, 25% das firmas analisadas desenvolviam estratégias climáticas e energéticas, comparadas a 66% que fazem isso atualmente. Para Bellamente, o aumento nesse índice tem a ver com o receio dos riscos atribuídos aos eventos climáticos extremos, e não com questões morais, embora essa opção também tenha aparecido em algumas companhias.
“Elas dizem que há um risco real e que está prejudicando os negócios do ponto de vista da continuidade. E [elas] querem investir em energias renováveis para o bem da mitigação de riscos... Elas estão tendo uma conversa com seus fornecedores e estão sendo mais diretas a respeito de por que é importante para [os fornecedores] medirem suas emissões”, comentou.
A firma que mais marcou pontos na avaliação foi a Unilever, chegando a 91 de 100. Essa foi a maior marca já alcançada por uma empresa nos seis anos da análise. Além disso, neste ano um número sem precedentes de companhias – 15 – atingiu a marca de 85 pontos ou mais.
 “Nunca antes foi tão importante para as empresas reforçar sua liderança para enfrentar as causas e os impactos das mudanças climáticas. As pessoas comuns estão cada vez mais sofrendo os efeitos dos eventos climáticos extremos e da escassez de alimento e comida. Elas esperam que sejamos responsáveis por ajudá-las a administrar esses desafios”, declarou Paul Polman, CEO da Unilever.
“Na Unilever, todos na companhia têm uma meta de sustentabilidade – da pessoa que faz o xampu à pessoa que faz a embalagem do xampu. Você começará a ver mais disso incorporado nas organizações”, acrescentou Bellamente.
Mas nem todos os setores têm mostrado tal desempenho em se tratando da diminuição das emissões de GEEs. As empresas das indústrias de produtos infantis e fast-foods, em geral, marcaram poucos pontos, embora algumas delas, como a Hasbro e a Lego, tenham feito pontuações consideráveis.
“[O clima] simplesmente não está no radar estratégico deles [setor de fast-foods]. Não afetou negativamente sua indústria o suficiente [para eles] reportarem seus níveis de emissão. O mesmo ocorre com a indústria de brinquedos e produtos para crianças. A primeira ordem do negócio e assegurar que as crianças estão seguras. Você tem muitas companhias que fabricam no exterior que não têm regulamentações que façam da sustentabilidade uma ciência”, observou Bellamente.
 “Na medida em que essas companhias estão aderindo à sustentabilidade, continua a haver poucas evidências publicamente disponíveis para sugerir que elas estão medindo, reduzindo e reportando suas emissões de GEEs”, concluiu o relatório.

fonte: institutocarbonobrasil.org.br

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