quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Energia eólica cresceu quase 200 GW em cinco anos

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Por Fabiano Ávila - Fonte: Instituto CarbonoBrasil / ABEEólica
O Conselho Global de Energia Eólica (Global Wind Energy Council – GWEC) divulgou nesta quinta-feira (5) em seu relatório anual que foi registrada uma queda de 10 GW nas instalações de 2013 com comparação às do ano anterior, mas que mesmo assim a capacidade global do setor cresceu 12,5%.

Segundo o GWEC, teriam sido instalados 35,47 GW em 2013, abaixo dos 45,17 GW de 2012. A justificativa para essa queda seria a redução dos investimentos nos Estados Unidos, devido a incertezas políticas criadas pelo Congresso. Os norte-americanos teriam instalado apenas 1,08 GW no ano passado.
Porém, países como a China, que instalou sozinha 16 GW, a Alemanha, com 3,2 GW, e o Canadá, com 1,6 GW, ajudaram a empurrar a capacidade instalada global para 318,14 GW, praticamente 200 GW a mais do que existia em 2008, 120 GW.
"Fora da Europa e dos EUA, o mercado global cresceu discretamente no ano passado, liderado pela China, e foi um ano excepcionalmente forte no Canadá. Enquanto o hiato político nos EUA impactou fortemente o ano de 2013, a boa notícia é que os projetos em construção dos EUA totalizaram mais de 12.000 MW no final do ano, um novo recorde. As instalações europeias ficaram atrás por somente 8%, mas com uma concentração insalubre do mercado em apenas dois países - Alemanha e Reino Unido", disse Steve Sawyer, secretário-geral do GWEC.
O Brasil aparece como sendo responsável por 2,7% das instalações, com 0,98 GW. Apesar da pequena parcela, o relatório destaca que o país contratou 4,7 GW de novos projetos em 2013 e que a possível reforma do setor elétrico agitará o mercado brasileiro nos próximos anos.
A Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) aponta que existem atualmente 140 usinas instaladas no país, com uma capacidade instalada total de 3,39 GW.
A África construiu apenas 90 MW em 2013, mas a GWEC prevê que o continente apresentará crescimento com novas instalações em 2014, liderado pela África do Sul, Egito, Marrocos, Etiópia, Quênia e Tanzânia.
"Os mercados que não são membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), no geral, são muito saudáveis, e há um fluxo constante de novos mercados emergentes na África, Ásia e América Latina. Com os EUA aparentemente de volta aos trilhos, pelo menos para os próximos dois anos, o principal desafio é estabilizar os mercados europeus, onshore e offshore, que tem sido abalados por indecisão política ao longo dos últimos anos", disse Sawyer.
A GWEC espera que as instalações de 2014 retornem, pelo menos, aos níveis de 2012 e, provavelmente, os ultrapassem. As previsões do GWEC para os próximos cinco anos (2014-2018) serão divulgadas em abril.

fonte: http://www.plurale.com.br/noticias-ler.php?cod_noticia=13314

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