sábado, 17 de agosto de 2013

China entra em estado de emergência devido a onda de calor



Aqui no Brasil nos lembraremos de julho como o mês no qual nevou em mais de uma centena de cidades. Porém, em todo hemisfério norte ondas de calor estão causando prejuízos e até mortes. 

O caso mais grave é o da China, onde pela primeira vez na história foi decretado estado de emergência por causa das altas temperaturas. 



A cidade de Xangai já registrou 10 mortes relacionadas à onda de calor, que fez com que julho de 2013 fosse classificado como o julho mais quente desde que começaram as medições, há 140 anos. As temperaturas ficaram acima dos 35oC por 25 dias em julho, sendo que a máxima chegou em 40,6oC, o que também é um recorde histórico. 

“Mas não é apenas nas metrópoles que estamos registrando calor, cerca de 19 províncias estão sob o efeito da onda, praticamente um terço do país”, afirmou He Lifu, do Centro Meteorológico da China.

As previsões estimam que o calor continuará até o dia 8 de agosto, e mesmo regiões que costumam ter um clima mais ameno, como Chongqing, deverão experimentar temperaturas acima dos 35oC.

O estado de emergência emitido pelo governo chinês significa que empresas e órgão públicos deverão adotar medidas que evitem a exposição de seus funcionários ao sol ou à atividades muito cansativas. Além disso, coloca toda a rede de saúde de prontidão. 

Os Estados Unidos também enfrentaram uma severa onda de calor em julho, com Washington  registrando pela primeira vez desde que começaram as medições, em 1871, cinco dias seguidos com temperaturas constantes acima de 26oC.

De acordo com meteorologistas do Capital Weather Gang (portal sobre clima do jornal Washington Post), desde o ano 2000 o número de recordes relacionados ao calor na capital norte-americana foi sete vezes maior do que os de frio. Nos últimos três anos essa margem é ainda mais ampla: são 16 recordes de calor contra apenas um de frio.

Até mesmo na Austrália, que assim como o Brasil está no inverno, foram registradas temperaturas acima da média. Segundo o Escritório de Meteorologia australiano, julho de 2013 foi o mês de inverno mais quente que se tem notícia, com a média em 13,3oC.

Muitos brasileiros e até veículos da imprensa passaram a questionar o aquecimento global depois da onda de frio das últimas semanas. Mas é preciso lembrar que o aquecimento global resulta nas mudanças climáticas, que significam o aumento da frequência e da intensidade de eventos extremos, sejam eles ligados ao calor ou ao frio. 

Também vale destacar que quando nevascas fora de época aconteceram neste ano no hemisfério norte, estudos posteriores sugeriram que elas estavam relacionadas com o degelo do Ártico. 

Crédito imagem: Administração Meteorológica da China.


fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br/?id=734747

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