sábado, 8 de junho de 2013

Ranking dos campeões globais de desmatamento e da poluição hídrica no Brasil



A atividade humana é uma das principais responsáveis pelo desmatamento. O mau uso de recursos naturais, a poluição e a expansão urbana são algumas das ações que contribuem para esta degradação da área coberta por florestas. Segundo a organização ambientalista WWF Brasil, a perda da biodiversidade e a modificação do clima mundial estão entre os principais impactos causados por ela.

Uma das maiores vítimas deste processo no Brasil é a Mata Atlântica. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, restam apenas 7% do território original deste bioma no país. O Global Forest Resources Assessments é um indicador da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês), responsável por monitorar a cobertura de florestas por países. Os dados mais recentes são de 2010 (o relatório é feito a cada cinco anos), segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Entre 1999 e 2010, o índice coloca o Brasil como campeão de perda de área verde no mundo. Veja abaixo os cinco campeões mundiais de desmatamento.

1. Brasil - O país foi o que mais perdeu em hectares de área verde por ano, no período de 11 anos. Ao todo, foram 55,3 milhões de hectares perdidos. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) monitora o desmatamento no Brasil, em paralelo com organizações não-governamentais, como o Instituto do Homem e do Meio Ambiente na Amazônia (Imazon). Um acordo firmado em 2008 entre o Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) busca promover a realização do Programa de Monitoramento do Desmatamento nos Biomas Brasileiros por Satélite. A iniciativa tem o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Antes disso, o único bioma que possuía dados oficiais de observação dos desmatamentos no país era a Amazônia, iniciado em 1988.

2. Indonésia - Com a perda de 24,1 milhões de hectares de área verde entre 1990 e 2010, a Indonésia aparece em segundo lugar no ranking. Segundo o Greenpeace, o país vai permitir a destruição de amplas áreas selvagens, em Kalimantan, na ilha de Bornéu, com a intenção de extrair mais carvão. Uma das causas para esta taxa fenomenal na Indonésia é a demanda global por celulose e óleo de palma, indica o Greenpeace. Outra causa para a alta taxa de desmatamento na Indonésia é a extração ilegal de madeira. Cerca de 80% da produção de madeira na Indonésia resulta de atividade ilegal.

3. Nigéria - Exploração madeireira ilegal, agricultura de subsistência e extração de lenha são apontadas como principais causas de desmatamento no país do oeste africano. Entre 1990 e 2010, a Nigéria perdeu 8,1 milhões de hectares de área verde por ano. Especialistas afirmam ainda que o problema está relacionado à exploração de petróleo, construção de estradas, corte de árvores para uso agrícola e à urbanização de modo geral. A migração de espécies animais de seu habitat natural, a erosão e a fome devido à baixa produção de alimentos em função da redução da quantidade de nutrientes no solo são vistos como efeitos negativos desse processo.

4. Tanzânia - A extração de madeira ilegal e insustentável também é considerada uma das principais causas para o desmatamento na Tanzânia. Nos últimos 11 anos, o país perdeu 8,06 milhões de hectares de área verde. O desenvolvimento sustentável no país é comprometido por problemas em terra e no mar. Áreas desmatadas não proporcionam um lar à vida selvagem e levam à perda de biodiversidade. O crime da extração de madeira custa à Tanzânia milhões de dólares por ano. As atividades econômicas e demandas por vários produtos florestais incluindo lenha também contribuem para isso.

5. Mianmar - Em quinto lugar no ranking mundial dos países que mais perderam recursos florestais, Mianmar aparece com um total de 7,4 milhões de hectares perdidos nos últimos 11 anos. Para restaurar a cobertura florestal do país, o estabelecimento de plantios florestais tem sido visto como principal remédio, segundo a FAO. Apesar do avanço no desmatamento, Mianmar é considerado um país rico em recursos naturais, renováveis e não-renováveis. A preocupação ambiental tem aumentado no país desde que a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento levantou questões sobre a proteção e a conservação dos recursos florestais.

Por sua vez, no site da seção de Minas Gerais da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES, é apresentado o ranking dos dez rios brasileiras mais poluídos, conforme abaixo.

A qualidade da água dos rios e represas brasileiros está longe do ideal. Dados do IDS (Indicadores de Desenvolvimento Sustentável), do IBGE, revelam quais bacias de água doce estão em situação mais crítica. Os IQAs (Índice de Qualidade da Água) mais baixos são os dos altos cursos dos rios Tietê e Iguaçu, que atravessam, respectivamente, as regiões metropolitanas de São Paulo e Curitiba.

Rio Doce, Minas Gerais (10º lugar) - Com um percurso total de 853 km, drena os estados do Espírito Santo e Minas Gerais, sendo a mais importante bacia hidrográfica totalmente incluída na Região Sudeste. Sem controle ambiental, a contaminação química e urbana ameaça a saúde dos moradores das cidades às suas margens e a escassez de água nos afluentes agrava a cadeia de problemas.

Rio Paraiba do Sul, Rio de Janeiro (9º lugar) - Formado pela confluência dos rios Paraitinga e Paraibuna, o rio nasce na Serra da Bocaina, no Estado de São Paulo, fazendo um percurso total de 1.120 Km, até a foz em Atafona, no Rio de Janeiro. Pode-se citar como fontes poluidoras mais significativas as de origem industrial, doméstica e da agropecuária, além daquela decorrente de acidentes em sua bacia.

Rio Caí, Rio Grande do Sul (8º lugar) - A bacia hidrográfica do rio Caí equivale a 1,79% da área do estado do Rio Grande do Sul e possui municípios com atividade industrial bastante desenvolvida. Destacam-se os municípios de Caxias do Sul e Farroupilha, localizados na Serra, com indústrias de alto potencial poluidor, principalmente do ramo de metalurgia e metal - mecânica.

Rio Capibaribe, Pernambuco (7º lugar) - Nasce na serra de Jacarará, no município de Poção, em Pernambuco, e banha 42 cidades pernambucanas. O rio recebe carga de resíduos de uma população estimada em 430 mil habitantes em seu entorno. O crescimento urbano desordenado foi responsável pela deterioração dos recursos ambientais que circundavam o rio, comprometendo a qualidade de vida das populações ribeirinhas.

Rio das Velhas, Minas Gerais (6º lugar) - Com nascentes na cachoeira das Andorinhas, município de Ouro Preto (MG), é o maior afluente em extensão do rio São Francisco. A presença de arsênio, cianeto e chumbo reflete a interferência do diversificado parque industrial da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Rio Gravataí, Rio Grande do Sul (5º lugar) - Separa as cidades de Canoas e Porto Alegre. São apontados como motivos para a poluição o esgoto que é jogado no rio sem tratamento, os resíduos sólidos largados por comunidades que trabalham com reciclagem e criam porcos e a poluição gerada por empresas, notadamente de adubo e areia.

Rio dos Sinos, Rio Grande do Sul (4º lugar) - Repleto de curvas, o rio nasce nos morros do município de Caraá e percorre um percurso de cerca de 190 km, desembocando no delta do Jacuí. A alta carga poluente é proveniente de esgotos e indústrias, o que, além de provocar a mortandade de milhares de peixes, causa a proliferação de mosquitos.

Rio Ipojuca, Pernambuco (3º lugar) - Corta vários municípios de Pernambuco, inclusive nomeando um. O Ipojuca nasce em Arcoverde, no Sertão, e deságua em Suape, ao Sul do Grande Recife. O lixo e o esgoto, que são despejados no rio acabam aumentando os riscos de contaminação de doenças como leptospirose, casos de hepatite A e diarreia.

Rio Iguaçu, Paraná (2º lugar) - Segundo rio mais poluído do país, ele é o maior do estado do Paraná e faz divisa natural com Santa Catarina. Segundo biólogos, dois fatores podem explicar o elevado nível de poluição: passivo ambiental, presente há algumas décadas, com falta de investimento no saneamento ambiental, e o alto número de habitantes em volta do rio.

Rio Tietê, São Paulo (1º lugar) - Com 1.010 km², nasce em Salesópolis, na serra do Mar, e atravessa o estado de São Paulo, banhando 62 municípios. Ocupa o topo do ranking por receber o esgoto doméstico e industrial no trecho da capital - menos da metade dos moradores da bacia do Alto Tietê têm esgoto tratado. A mancha de poluição do rio que, na década de 1990, chegou a cem quilômetros, tem se reduzido gradualmente no decorrer das obras de despoluição do projeto Tietê.


fonte: http://novo.maternatura.org.br/news.php?news=680

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