terça-feira, 14 de janeiro de 2014

BNB lança edital para ações de combate à desertificação

O Banco apoiará os projetos de pesquisa e difusão de tecnologias voltados à situação no semiárido nordestino
Iguatu. Qual a sua ideia para a convivência e controle à desertificação na região Nordestina? No período de 27 de janeiro a 25 de abril, o Banco do Nordeste (BNB) lançará edital de apoio a projetos de pesquisa e difusão de tecnologias de combate à desertificação no semiárido. Serão disponibilizados R$ 3 milhões, a fundo perdido. Os recursos são oriundos do Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundeci).
Os projetos devem ser aplicáveis à região semiárida da área do BNB (Região Nordeste, e norte dos Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo) FOTO: CID BARBOSA
O Fundo é gerido pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), órgão vinculado ao BNB. É uma iniciativa pioneira no fomento à pesquisa e à difusão de tecnologias direcionadas às atividades produtivas. Dessa forma procura contribuir para a superação de gargalos do setor produtivo e para a diminuição do risco operacional do Banco.

O gerente de Ambiente de Programas Especiais e de Fundos de Pesquisa do BNB, Antonio Roberto Albuquerque Silva, destacou a importância da pesquisa. "Contribui para o desenvolvimento do semiárido brasileiro e para a mitigação de riscos de operações de crédito realizadas nessa região, que é prioritária para as aplicações do Banco"



Os projetos devem ser aplicáveis à região semiárida da área de atuação do BNB (Região Nordeste, e norte dos Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo). Segundo o edital, as linhas de pesquisa referem-se à conservação, recuperação, monitoramento e mitigação da desertificação e convivência com o semiárido.

Investimento

O valor de cada projeto aprovado não pode ser inferior a R$ 50 mil nem superar o teto de R$ 300 mil, assegurando-se pelo menos 40% dos recursos para projetos de difusão.

O objetivo do Banco em apoiar projetos de pesquisa e difusão de tecnologias de combate à desertificação no semiárido é o desenvolvimento, a validação e a difusão de tecnologias compatíveis com as peculiaridades regionais, em particular dos aspectos econômicos, sociais e culturais do setor produtivo.

As propostas deverão ser apresentadas, exclusivamente via Internet. Para isso, deve-se utilizar o sistema de gerenciamento de convênios, localizado no endereçohttp://www.bnb.gov.br/fundeci. A divulgação do resultado da pré-seleção está prevista para 30 de junho de 2014.

Assistência

O governo do Estado vai liberar R$ 22 milhões para serem aplicados no desenvolvimento de ações da Empresa de Assistência Técnica de Extensão Rural do Estado (Ematerce). A decisão foi anunciada na mais recente reunião do Monitoramento de Ações e Projetos Prioritários.

Serão liberados R$ 11 milhões para pagar os agentes do programa Agente Rural e outro montante de igual valor para o pagamento dos 681 agentes rurais de nível médio e superior do Programa do Pacto Federativo, convênio entre o Estado e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) que visa também inaugurar escritórios da Ematerce e equipá-los.

O secretário do Desenvolvimento Agrário do Estado, Nelson Martins, observou que os investimentos feitos nos programas vão assegurar a ampliação das práticas de assistência técnica rural. "Isso vai nos permitir até o meio do ano, inaugurar mais 24 escritórios da Ematerce. Vamos universalizar a assistência técnica rural em todos os municípios do Estado".

Ele acrescentou ainda que o apoio do MDA e das prefeituras é substancial nesse novo modelo de escritórios segundo o pacto federativo. Os municípios cedem a estrutura física, fazem a manutenção e o MDA fornece os carros, as motos, os computadores e a mobília dos escritórios.

Em 2013, foram inauguradas 58 unidades. O programa foi implantado em 2010. As unidades implantadas por meio do Pacto Federativo ocorrem somente nos municípios abrangidos pelos Territórios da Cidadania.

Martins frisou a parceria entre as Prefeituras e o governo Federal. "Quando se trabalha em parceria os objetivos são alcançados mais facilmente", observou o titular da SDA.

Ausência

Na região Centro-Sul, enquadrada no Território Rural, não é atendida pelo Pacto Federativo. Três municípios cearenses ainda não dispõem de escritórios da Ematerce: Catarina, Orós e Quixelô. Apesar do governo do Estado ampliar a assistência técnica por meio de contratação de agentes rurais como bolsistas, o modelo é alvo de críticas.

"Esses técnicos são inexperientes, ficam apenas três anos e quando adquirem conhecimentos são substituídos por novos bolsistas. Na prática, a assistência técnica rural é muito aquém da necessidade", avaliou o produtor rural, Carlos Vieira.

HONÓRIO BARBOSAREPÓRTER


FONTE: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1354742

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