sábado, 4 de janeiro de 2014

Serviço Florestal capacita extensionistas que atuam na Caatinga

Umbuzeiro é uma das espécies relevantes para o manejo florestal de produtos não madeireiros Foto: Embrapa
Umbuzeiro é uma das espécies relevantes para o manejo florestal de produtos não madeireiros Foto: Embrapa

Aproximadamente 150 extensionistas que atuam na Caatinga se tornarão multiplicadores do conhecimento sobre o uso sustentável desse bioma para comunidades rurais com o auxílio doFundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF), gerido pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB).
Os técnicos, ligados a cinco entidades dos Estados da Bahia, Ceará e Pernambuco, vêm participando de um curso em módulos sobre o manejo florestal. Eles já tiveram os módulos sobre os recursos florestais, ecologia e uso múltiplo da Caatinga (como produção de melfrutas nativas e fitoterápicos). Agora vão concluir a capacitação com o conteúdo sobre princípios técnicos e práticas do manejo.

As informações obtidas poderão ser aplicadas na assistência a pequenos produtores rurais, seja com aqueles que ainda não realizam manejo, mas desejam iniciá-lo, seja com agricultores familiares que já extraem produtos e precisam de apoio técnico.
Segundo o coordenador técnico da Associação Regional da Escola Família Agrícola do Sertão (Arefase), Nelson Lopes, os agricultores demandam assistência para manejar a Caatinga de maneira sustentável. “A gente é desafiado, como profissional, a mostrar como trabalhar de forma diferente, sustentável”, diz.
No norte da Bahia, onde a Arefase atua, uma característica marcante é o uso coletivo do fundo de pasto, áreas de até 3 mil hectares onde animais são criados soltos e a vegetação é preservada. Entre os principais interesses dos agricultores familiares está o manejo florestal dos produtos não madeireiros – como forragem para os animais, frutos e fibras – com o uso de técnicas aliadas ao conhecimento que possuem.
Com a capacitação realizada para extensionistas, o SFB busca fortalecer o manejo por meio de uma de suas principais pontas, que é o profissional atuante no campo. Ao mesmo tempo em que esse técnico leva uma alternativa de uso sustentável, contribui para geração de renda e conservação do bioma.
Calendário
As capacitações para os extensionistas começaram entre outubro e novembro e terminarão em fevereiro de 2014. A parte final da capacitação vai abordar temas como histórico da adoção do manejo, integração das práticas do manejo ao sistema produtivo tradicional, aumento da renda, mercados, além das técnicas em si do manejo madeireiro, como talhonamento e ciclo e intensidade de corte.
As instituições que recebem as capacitações são, além da Efase (escola mantida pela Arefase), oCentro de Assessoria e Apoio aos Trabalhadores e Instituições Não Governamentais Alternativas, de Pernambuco; o Centro de Habilitação e Apoio ao Pequeno Agricultor do Araripe, de Pernambuco; o Centro de Capacitação e Assessoria Técnica, do Ceará; e oInstituto de Integração e Desenvolvimento Ambiental e Social, também do Ceará.

FONTE: http://blogs.diariodonordeste.com.br/gestaoambiental/bioma-caatinga/servico-florestal-capacita-extensionistas-que-atuam-na-caatinga/

Nenhum comentário:

Postar um comentário