terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Organização Meteorológica Mundial ressalta sinais do aquecimento global no clima



Em um comunicado na última sexta-feira (10), a Organização Meteorológica Mundial (OMM) destacou como as anomalias climáticas que estão acontecendo pelo planeta são condizentes com a elevação da temperatura média do globo.
A porta-voz da OMM, Clare Nullis, declarou que existe um consenso científico de que as correntes de ar serão cada vez mais instáveis devido ao aquecimento global, levando a mais situações de clima extremo.

Sobre o frio intenso na América do Norte, a entidade compartilha a mesma opinião do conselheiro científico da Casa Branca, John Holdren (veja vídeo), e de climatologistas que argumentam que o aumento das temperaturas no Ártico, que está acontecendo quase duas vezes mais rapidamente do que a elevação nas temperaturas nas regiões de médias latitudes, torna ondas de frio mais extremas.
A OMM destaca ainda que outros eventos climáticos estão ocorrendo neste momento, principalmente relacionados ao calor.
A Europa está passando por um inverno ameno, sendo que, na França, na última quarta-feira (8), as temperaturas ficaram entre 5oC a 9oC mais elevadas do que a média histórica para janeiro.
Na Rússia, anomalias de até mais 9oC também foram registradas, e Moscou apresentou a temperatura de 2oC na última quinta-feira (9), bem acima dos -9oC que é a média diária histórica para o mês.
A situação na Austrália é ainda mais preocupante, com extremos de calor se repetindo há meses. O ano de 2013 foi considerado pelo Escritório de Meteorologia do país como o mais quente já registrado.
De acordo com os dados do Escritório, a temperatura média do ano passado ficou 1,2oC acima da média de 1961 a 1990, 21,8oC, ultrapassando o recorde anterior de 1,03oC em 2005. 
Os climatologistas australianos destacam ainda que 2013 não sofreu influência do El Niño, fenômeno que naturalmente eleva as temperaturas da região.
“Esses recordes de calor não podem ser explicados apenas pelas variabilidades naturais. O aumento das temperaturas dessa forma não seria possível sem a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera. A resposta está nas mudanças climáticas”, afirmou David Karoly, climatologista ligado à Universidade de Melbourne, ao jornal Sidney Morning Herald.
O janeiro de 2014 na Austrália já apresentou novos recordes de calor, com a cidade de Moomba marcando 49,1oC no último dia dez e municípios do estado de Queensland ultrapassando os 48oC.
Crédito Imagens: Organização Meteorológica Mundial  / Escritório de Meteorologia da Austrália

fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br/?id=736116

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