Para ex-ministros do meio ambiente, Rio+20 corre o risco de ser irrelevante
A Rio+20, conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável, corre o risco de ser irrelevante ou até configurar um retrocesso, na opinião de ex-ministros do meio ambiente que se reuniram nesta quarta-feira (18), em São Paulo, para lançar um documento pedindo ações mais ousadas.
O documento, chamado de “Rio mais ou menos 20″, contou com a assinatura dos ex-ministros Rubens Ricupero, Marina Silva, José Goldemberg e José Carlos de Carvalho, além de outros especialistas na área. “Frente aos desafios e urgência da agenda ambiental, há um elevado risco de que a Rio+20 seja não apenas irrelevante, mas configure um retrocesso”, diz o texto.A iniciativa de divulgar o texto começou com o embaixador e ex-ministro do Meio Ambiente Rubens Ricupero. Ele conta que o texto não é partidário e está aberto a adesões. Segundo Ricupero, a ideia surgiu após ver que o rascunho inicial das propostas da Rio+20, chamado “draft zero“, era decepcionante pela falta de ambição.Uma das principais queixas dos participantes da mesa é que, segundo eles, o tema ambiental está sendo deixado de lado nas negociações. O próprio governo brasileiro estaria procurando tirar o peso das questões ambientais da conferência, ressaltado no lugar a questão social. “Nós não avançamos vinte anos para ver o Brasil voltar e querer discutir desenvolvimento sem meio ambiente”, disse Marina Silva.Outro ponto questionado é a percepção de que o Brasil, como anfitrião, não está fazendo tudo o que poderia para tornar a Rio+20 um sucesso. “O Brasil deve atuar nas negociações internacionais como protagonista, defendendo seus interesses específicos, mas também constituindo uma força de moderação e equilíbrio”, diz o texto. A boa notícia é que os ex-ministros ainda têm esperanças de que a Rio+20 possa ser um sucesso. O caminho seria exatamente mudar a posição brasileira, fazendo o país apoiar, nas negociações internacionais, políticas e mecanismos para a economia verde.(Bruno Calixto)
A Rio+20, conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável, corre o risco de ser irrelevante ou até configurar um retrocesso, na opinião de ex-ministros do meio ambiente que se reuniram nesta quarta-feira (18), em São Paulo, para lançar um documento pedindo ações mais ousadas.
O documento, chamado de “Rio mais ou menos 20″, contou com a assinatura dos ex-ministros Rubens Ricupero, Marina Silva, José Goldemberg e José Carlos de Carvalho, além de outros especialistas na área. “Frente aos desafios e urgência da agenda ambiental, há um elevado risco de que a Rio+20 seja não apenas irrelevante, mas configure um retrocesso”, diz o texto.
A iniciativa de divulgar o texto começou com o embaixador e ex-ministro do Meio Ambiente Rubens Ricupero. Ele conta que o texto não é partidário e está aberto a adesões. Segundo Ricupero, a ideia surgiu após ver que o rascunho inicial das propostas da Rio+20, chamado “draft zero“, era decepcionante pela falta de ambição.
Uma das principais queixas dos participantes da mesa é que, segundo eles, o tema ambiental está sendo deixado de lado nas negociações. O próprio governo brasileiro estaria procurando tirar o peso das questões ambientais da conferência, ressaltado no lugar a questão social. “Nós não avançamos vinte anos para ver o Brasil voltar e querer discutir desenvolvimento sem meio ambiente”, disse Marina Silva.
Outro ponto questionado é a percepção de que o Brasil, como anfitrião, não está fazendo tudo o que poderia para tornar a Rio+20 um sucesso. “O Brasil deve atuar nas negociações internacionais como protagonista, defendendo seus interesses específicos, mas também constituindo uma força de moderação e equilíbrio”, diz o texto. A boa notícia é que os ex-ministros ainda têm esperanças de que a Rio+20 possa ser um sucesso. O caminho seria exatamente mudar a posição brasileira, fazendo o país apoiar, nas negociações internacionais, políticas e mecanismos para a economia verde.
(Bruno Calixto)
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