domingo, 22 de abril de 2012


Vamos pintar de branco o deserto urbano onde vivemos


Os humanos dizem que gostam de sombra e água fresca. Mas acabaram transformando os ambiente de natureza agradável em desertos urbans. Quando os cientistas observam os lugares mais quentes da Terra, encontram os desertos naturais, com suas áreas secas, com superfície nua, rochosa e predominantemente escura.
Essas também são as características das cidades.
Usando imagens e medições de temperatura de satélites, pesquisadores da Nasa (agência espacial americana) e da Universidade de Colúmbia avaliaram a superfície de Nova Iorque em agosto de 2010. Concluíram que as temperaturas na superfície da cidade passam rotineiramente o que se esperaria de um deserto. Isso é consequência do efeito das ilhas de calor. A expansão urbano tira a cobertura vegetal e a substitui por cimento e asfalto. Com menos árvores e arbustos, para gerar sombra e acumular umidade, a temperatura sobe mais rápido sob a luz do sol. Um deserto de cimento desses pode ser visto na imagem acima, que mostra uma região de São Paulo no Google Maps.
Os pesquisadores americanos observaram temperaturas de até 77 a 82 graus centígrados durante o dia nos telhados mais escuros de Nova Iorque, no meio do verão. Mesmo no inverno, os telhados podem ser dezenas de graus mais quentes do que a temperatura do ar.
Em tempos de aquecimento global e busca de soluções inteligentes para reduzir a necessidade de ar condicionado, os pesquisadores estudam alternativas para o telhado escuro. No verão, um telhado escuro fica 30 graus mais quente do que um outro pintado de branco. Ou um telhado verde, coberto por uma camada fina de vegetação, como grama.
(Alexandre Mansur)

Nenhum comentário:

Postar um comentário