sábado, 14 de setembro de 2013

SUSTENTABILIDADE NA EMPRESA TRAZ LUCRO E BENEFÍCIOS PARA O MEIO AMBIENTE


Crédito: Reprodução

Aplicar a sustentabilidade nas operações corporativas pode render mais do que benefícios para o meio ambiente. A escolha verde torna o negócio melhor e mais lucrativo, segundo indica a consultora e sócio-fundadora da Sustentabilidade na Empresa, Gabriela Werner.
A consultora dá algumas dicas para colocar em prática ações sustentáveis, como consolidar a cultura de desperdício zero, que engloba não só resíduos, mas também problemas de qualidade, entregas erradas e relatórios que precisam ser refeitos. Essas atividades prejudicam os resultados e gerando custos desnecessários, além de impactos ambientais negativos.

A empresa de carpetes InterfaceFlor, por exemplo, implantou o desperdício zero no centro do seu planejamento, em 1995, e desde então reduziu em 94% os resíduos, o que dobrou o lucro e gerou economia de US$ 400 milhões.
Outro ponto que promove a sustentabilidade é gerar novas fontes de receita, com investimentos em inovação, considerando os problemas naturais, como indisponibilidade de energia e desastres climáticos. Para esse quesito, a consultora cita o caso da CEMEX, empresa de cimento, que criou um produto para aumentar o isolamento térmico das construções e diminuir em 20% o consumo de energia. A brasileira TecVerde também investiu em uma nova linha, com a construção de casas com redução de 85% em resíduos, além de desenvolver um modelo que economiza 50% de energia elétrica.
Incluir a equipe de funcionários na participação da busca por sustentabilidade é mais uma orientação para as empresas. O CFO da UPS, Kurt Kuehn, cita um caso referente a essa prática. Em um discurso, ele contou que a empresa de logística formou uma equipe para desenvolver uma opção de transporte neutra em emissões de carbono. Para isso, os funcionários se engajaram na causa, na busca por lançar a solução no mercado, quebrando barreiras institucionais típicas de grandes empresas. Como resultado, o produto estava pronto em nove meses, menos da metade do período habitual.
Conquistar a preferência dos investidores e financiadores é outro ponto-chave na caminhada por sustentabilidade na empresa. Desde 2002, os bancos passaram a incluir questões socioambientais em suas análises de risco, como nos setores de mineração, óleo e criação de gado. A mesma linha foi seguida por fundos previdenciários, que precisam garantir a segurança de seus investimentos.
A empresa KPCB, por exemplo, criou um fundo de US$ 1 bilhão para investir em tecnologias, uma de suas quatro prioridades atuais.
Para Gabriela Werner, a sustentabilidade tem que ser um tema cada vez mais comum entre executivos e empreendedores.

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