Os Efeitos Benéficos da Garra do Diabo.

O nome dessa planta pode até causar alguma reação de repulsa ou medo, mas seu nome popular vem do formato de seus frutos, cheios de pontas e garras.

Se trata de uma planta herbácea perene que produz uma raiz principal muito profunda, que pode crescer até 1,5m de profundidade. As raízes secundárias desenvolvem e se espalham por até 1,5m em todas as direções. São tubérculos brancos e carnudos em forma alongada do tipo da batata-doce. As folhas verde-acinzentado são grandes e em forma de coração. A flor é tubular vermelho-violeta, amarelo-violeta ou violeta e o fruto farpado, que dá origem ao seu nome.

A Garra do Diabo (Harpagophytum procubens) é uma planta do deserto que é encontrada em grande parte da África do Sul, principalmente no Kalahari, Areias da Namíbia, Botswana, África do Sul e Angola. Tem sido produzida e exportada para a Europa desde 1953.
O Harpagophytum geralmente cresce em condições muito áridas e é comumente visto ao longo das estradas e outros lugares que foram despojados de vegetação natural. Cresce a partir de sementes na primavera e os tubérculos jovens são cuidadosamente desenterrados do solo, no final da estação das chuvas. Após a coleta, os tubérculos são fatiados rapidamente para a secagem, de modo que eles não apodreçam ou embolorem. 
A Garra do Diabo faz parte dos medicamentos dos nativos da África Austral. Tradicionalmente, tem sido utilizada por sua ação laxante e como um tônico amargo para distúrbios digestivos. Uma infusão do tubérculo é tomada para aliviar todos os tipos de febres, inclusive a malária, e para doenças do sangue. Também tem sido usada para tratar reações alérgicas, artrite, enxaqueca e reumatismo. Topicamente, é usado sob a forma de uma pomada para feridas, úlceras, furúnculos e lesões cutâneas. A pomada é também aplicada no abdomen de mulheres grávidas durante o trabalho de parto para reduzir a dor. (Chevallier 2001; Duke, 1986; Mills et al 2000).
Na década de 1920, um agricultor alemão chamado GH Mehnert, que estava morando na Namíbia, aprendeu sobre as propriedades milagrosas do Harpagophytum dos nativos. Ele estudou seu cultivo e os métodos de  preparação da droga, e enviou amostras para a Alemanha, para investigação. A partir daí, a erva tornou-se popular entre os herbalistas britânicos, europeus e canadenses no tratamento de doenças degenerativas articulares ou reumáticas, tendinite, e todos os tipos de dor, como dores nas costas, dor de cabeça e dor menstrual. (Byrne, 1993;Kemper 1999).
Esta planta é mais um dos exemplos da importância do conhecimento popular!

Por: Eliza Tomoe Harada

fonte: www.oficinadeervas.com.br