Por Sandra Monteiro, da Agência Sebrae de Notícias
Mossoró (RN) - A estiagem que atinge o Rio Grande do Norte desde o ano passado e provoca prejuízos em diversos setores da economia estadual deixou em alerta os produtores voltados para a monocultura. Na cajucultura, um dos segmentos mais prejudicados com a seca, novas perspectivas já começam a surgir. Para diversificar a produção, o Sebrae no Rio Grande do Norte, em parceria com a Fundação Banco do Brasil, implantará, no município de Apodi, uma agroindústria de processamento de polpas e frutas. Nove grupos de agricultores familiares serão beneficiados. Os recursos para a execução do projeto, na ordem de R$ 150 mil, já estão alocados.
A boa notícia, apresentada durante o Encontro do Comitê Gestor da Cajucultura, realizado nesta semana, em Apodi, deixou os produtores otimistas quanto à possibilidade de diversificar a produção, agregar valor ao produto e aumentar a renda familiar. As frutas produzidas atualmente pelos agricultores familiares atendidos pelo Sebrae e Fundação Banco do Brasil são vendidas in natura.
“É com muita satisfação que recebemos essa notícia. Os produtores terão um ganho muito grande com a venda dos produtos com valor agregado, pois, como ainda não temos esse benefício, vendemos o que produzimos in natura, e isso diminui os nossos lucros”, comemora Manoel Cristiano, presidente da Associação de Produtores.
A perspectiva é que, em cinco meses, a agroindústria inicie as operações, com foco inicial na produção de polpas de frutas típicas da região, como manga, acerola, cajarana e caju. Posteriormente também serão desenvolvidos outros métodos voltados para a agregação de valor aos produtos, a exemplo da desidratação de frutas e fabricação de doces.
“Estamos aproveitando o potencial de cada grupo para desenvolver novas possibilidades que garantam o sustento da família em todos os períodos do ano. Com o processamento de frutas da época, teremos uma alternativa viável, que permitirá, por exemplo, que durante uma estiagem severa como essa, os grupos não parem de produzir e de ter renda”, avalia Franco Marinho, gestor de Cajucultura do Sebrae no estado.
A agroindústria de processamento beneficiará frutas produzidas nas nove unidades produtivas de castanha atendidas pela Fundação Banco do Brasil e Sebrae. No período que antecede a instalação serão promovidas capacitações, orientação técnica e consultorias. Uma equipe formada por sete técnicos será contratada para executar o trabalho.
FONTE: http://www.plurale.com.br
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