quinta-feira, 28 de março de 2013

Brasil será candidato a sediar 8ª edição do Fórum Mundial da Água em 2018




O anúncio da confirmação de que o Brasil será candidato ao 8 Fórum Mundial da Água, em 2018, foi feito no dia 20, pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante a coletiva de imprensa que apresentou o Pacto das Águas, da ANA. Izabella já havia sinalizado o interesse do País em sediar a 8º edição do Fórum durante a realização do 6º Fórum Mundial da Água, em Marselha, na França, em março do ano passado. A 7º edição do encontro será na Coréia do Sul, em 2015. O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, anunciou que Brasília será candidata a sediar o evento, no Brasil.
 
Organizado pelo Conselho Mundial da Água, por um país e cidade anfitriã, o Fórum Mundial da Água promove o diálogo para influenciar o processo decisório sobre água no nível global, visando o aproveitamento racional e sustentável deste recurso.
 
Já foram realizadas seis edições, cronologicamente, em Marrakesh, 1997, em Haia, 2000, em Kyoto, 2003, na Cidade do México, 2006, em Istambul, 2009, E em Marselha, em 2012. A sétima edição está prevista para ocorrer no ano de 2015 na cidade de Daegu, Coréia do Sul.
 
No contexto da preparação do 8º Fórum Mundial, em 2018, encontra-se em curso sob a coordenação do Conselho Mundial da Água, o processo de seleção do país sede. O Brasil, juntamente com Catar, Dinamarca e Rússia, foi pré-selecionado para apresentar candidatura para sediar o evento. Em recente comunicado do Conselho Mundial da Água, fomos informados que o Catar declinou da apresentação de proposta.
 
O Fórum possui cinco componentes clássicos: i) Programa Temático, como orientação central para os debates e discussões; ii) Programa Regional, com a apresentação das perspectivas das diversas regiões globais; iii) Programa Político, oportunidade de promoção do diálogo com os representantes eleitos (prefeitos, parlamentares, governadores, ministros e chefes de estado); iv) Fórum de Cidadãos, como plataforma aberta de discussão entre todos os interessados com vistas a troca de experiência, capacitação, estabelecimento de parcerias, etc.; e v) Feira e Exposição, espaço para os interessados apresentarem suas contribuições e iniciativas, promovendo intercâmbio e troca de experiências.
 
Tendo como base os últimos eventos, estima-se que os investimentos financeiros para a realização do Fórum Mundial da Água em 2018 sejam da ordem de € 30 milhões. Em termos gerais, estima-se que 30% dos investimentos sejam cobertos pelo país anfitrião - governos federal e estadual; 50% serão provenientes dos patrocinadores; e os restantes 20% serão provenientes dos participantes - inscrições e locação de espaços na Feira e na Expo.
 
Por ocasião do 6º Fórum Mundial da Água, o Vice-Governador Tadeu Filipelli manifestou forte interesse do Distrito Federal em sediar a 8ª edição do evento, o que foi ratifado pelo Exmo. Governador Agnelo Queiroz por ocasião da visita de cortesia do Prof. Benedito Braga, Presidente do Conselho Mundial da Água.
 
O Brasil apresenta as condições necessárias para sediar um evento desta magnitude e com significativa participação de instituições de todos os continentes.
 
Detentor de cerca de 12% da água doce do planeta, tem dezenas de rios de grande porte e comparte com 10 países duas das maiores bacias hidrográficas do mundo, o que o coloca em posição de destaque no cenário internacional do setor de recursos hídricos.
 
Além do potencial hídrico, o país detém, em seus 8,5 milhões de km², a maior biodiversidade do planeta em diferentes biomas, além de uma rica sóciobiodiversidade representada por dezenas de povos indígenas e comunidades específicas com inestimável acervo de conhecimentos sobre a conservação da biodiversidade.
 
O país foi, ainda, o primeiro do continente sulamericano, e um dos primeiros do mundo, a cumprir uma das metas da Cupúla Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+10), realizada em Joanesburgo, África do Sul: elaborar e implementar o Plano Nacional de Recursos Hídricos até 2015.
 
Além disso, o país tem um amplo e sólido conjunto de instituições governamentais, tanto no nível federal como estadual, dispõe de uma avançada legislação de recursos hídricos, tem desempenhado um papel importante em ações de cooperação internacional referentes ao tema e tem uma vasta experiência e boas práticas em gestão de recursos hídricos.
 
As discussões e resultados do Fórum Mundial da Água, pela alta representatividade de seus participantes, tanto nos níveis governamentais e políticos como na esfera do setor privado, academia e sociedade civil, têm contribuído nas políticas e práticas dos países na gestão dos recursos hídricos e na definição de estratégias regionais e globais para a abordagem do tema.
 
Sediar o Fórum Mundial da Água de 2018 certamente será uma grande oportunidade para o país reafirmar o papel estratégico que ocupa no cenário internacional do setor de recursos hídricos, além do que, será a primeira vez em que o fórum será realizado no hemisfério sul
 
Para mais informações: www.ana.gov.br

fonte: http://www.rebob.org.br/informes/detalhes.php?id=186

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