sábado, 20 de abril de 2013

Nova tecnologia a serviço do combate ao desmatamento




Acabar com o desmatamento é um dos maiores desafios da humanidade. A pressão sobre as florestas é frequentemente dispersa, dificultando muito as ações de fiscalização.
As tecnologias para o monitoramento por satélite são uma solução para esse problema e avançam a cada dia que passa. Porém, em muitos países, ainda se leva meses ou até mesmo anos para ter acesso a essas informações valiosas para a preservação dos ecossistemas.

Agora, um sistema de monitoramento da cobertura vegetal em tempo real promete oferecer informações claras e oportunas para entidades que desejam combater o desmatamento.
O Global Forest Watch 2.0, desenvolvido pelo World Resources Institute (WRI), em parceria com o Google, a Universidade de Maryland e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), foi apresentado nesta terça-feira (10) durante o Fórum das Nações Unidas sobre Florestas, em Istambul, Turquia.
O WRI também contou com a ajuda de várias ferramentas já disponíveis, como imagens capturadas pelo satélite Landsat 8 da NASA, o sistema de monitoramento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON) e do DETER - um levantamento feito mensalmente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O sistema, que une tecnologias por satélite, compartilhamento de informações de domínio público e redes de interatividade, será disponibilizado a partir do mês que vem. Em conjunto com softwares abertos, computação em nuvem e outras inovações tecnológicas que já são amplamente utilizadas para processar e interpretar o grande volume de informações, a nova ferramenta promete ser mais um facilitador para se enfrentar os desafios atuais.
“Para alcançar o manejo sustentável das florestas, informações confiáveis, atualizadas e facilmente acessíveis são essenciais para o monitoramento, avaliação e intervenções efetivas”, comentou Wu Hongbo, sub-secretário-geral para questões econômicas e sociais da ONU.
“Essa nova ferramenta notável representa um passo importante no fortalecimento dos governos e comunidades para tomar decisões informadas”, acrescentou Hongbo.
Achim Steiner, diretor executivo do PNUMA, comentou ao jornal The Guardian que o sistema tem o potencial de ajudar as corporações comprometidas com o uso de produtos de fontes sustentáveis e de democratizar a gestão e proteção das florestas.
“Imagine: um analista de um grupo de conservação florestal em Jacarta recebe um alerta via Facebook mostrando onde o desmatamento ocorreu. Então ele notifica as autoridades que vai até o local tirar fotos, baixando as imagens, e iniciando um esforço para salvar o parque e apreender os desmatadores ilegais”.
No lançamento da ferramenta, Nigel Sizer, diretor da Iniciativa Global para as Florestas do WRI, usou o sistema brasileiro de monitoramento das florestas, quase em tempo real, como um exemplo bem sucedido em relação à qualidade e acessibilidade das informações.
Outro exemplo é o Gabão, que segundo Sizer, vem investindo milhões de dólares na melhoria do acesso às imagens de satélite e sensoriamento remoto.
“Mas precisamos melhorar muito, pois diversos países, em desenvolvimento e desenvolvidos, ainda não têm acesso a informações adequadas. Problemas como informações desatualizadas, com alto custo e muito técnicas, de difícil coleta, ainda persistem. O resultado é que muitos países gastam enormes quantias para obter informações em vez de investir em ações para lidar com as questões apresentadas pelos dados”, concluiu Sizer.

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