domingo, 12 de agosto de 2012


Árvores doentes podem aumentar aquecimento global, revela estudo

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Metano no ar: floresta da  Universidade de Yale tem 7.800 hectares. Foto: Divulgação
O metano é um dos principais gases causadores do efeito estufa e chega a ser 21 vezes mais nocivo ao meio ambiente do que o dióxido de carbono (CO2), segundo os cientistas. Pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, estudaram 60 plantas na floresta de Yale Meyers, na região Nordeste do estado de Connecticut, e encontraram concentrações do gás 80 mil vezes maiores do que o normal.

Em condições comuns, a presença do metano é de menos de duas partes por milhão na atmosfera. Nas partes ocas das árvores doentes, os pesquisadores encontraram níveis médios de 15 mil partes por milhão de metano no ar. A pesquisa foi divulgada na revista Geophysical Research Letters. A concentração do metano nas árvores doentes chega a ser inflamável, segundo o coordenador do estudo, Kristofer Covey.

O pesquisador aponta que as condições encontradas nas árvores são normais em vários locais de floresta no mundo, o que indica que os cientistas podem ter achado uma nova fonte de produção do metano "em escala global". As árvores doentes têm um potencial de aquecimento global equivalente a 18% do carbono capturado pelas mesmas florestas, reduzindo o benefício climático que elas criariam em cerca de um quinto, segundo Covey.
"Se nós extrapolarmos o que foi encontrado [no estudo] para florestas em escala global, o metano produzido pelas árvores representaria 10% das emissões do mundo", afirmou ao Daily Mail Xuhui Lee, co-autor da pesquisa e professor de meteorologia em Yale. Ele reconhece que os cientistas "não sabiam da existência" deste processo de criação do metano.
Mais velhas e doentes
As árvores que produzem metano são mais velhas e doentes, com idade entre 80 e 100 anos. No caso da floresta de Yale, elas estão sendo afetadas por um fungo que cria condições favoráveis para a proliferação de micro-organismos que fabricam o gás.
Ninguém havia pensado que a ideia de podridão causada por fungos, um problema comum em florestas, poderia estar ligado à produção de gases-estufa e ao aquecimento global, reforçam os cientistas.

fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

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