sábado, 18 de agosto de 2012


Índice global de saúde dos oceanos tem Brasil na 27ª posição

O índice é organizado em torno de dez fatores definidos para medir o uso que as pessoas fazem dos recursos e serviços oceânicos e costeiros l Foto: SXC

O Brasil ocupa a 27ª posição no ranking que mede a qualidade dos oceanos, divulgado na última quarta-feira (15) na revista “Nature”. O Índice de Saúde do Oceano foi desenvolvido a partir do estudo de 171 regiões costeiras no mundo todo.

O novo índice é uma medida quantitativa da saúde dos oceanos em termos dos benefícios que eles trazem e, portanto, é a primeira medida que considera os seres humanos como parte desse ecossistema. O índice é organizado em torno de dez fatores definidos para medir o uso que as pessoas fazem dos recursos e serviços oceânicos e costeiros, sendo eles: provisão de alimentos; oportunidades de pesca artesanal; produtos naturais; armazenamento de carbono; proteção costeira; subsistência e economia; turismo e recreação; identidade local; águas limpas e biodiversidade.
A medição foi feita a partir de análises com pontuação que varia de zero a cem. A média global foi de 60, enquanto a nota brasileira se manteve em 62. Quanto menor a pontuação, pior a situação, mostrando que, ou os benefícios fornecidos pelos oceanos não são bem aproveitados, ou não que esses benefícios são usados de modo insustentável. Entre os tópicos analisados estão: pesca artesanal, turismo, limpeza da água, proteção costeira, biodiversidade, economia, entre outras coisas. Na tabela abaixo é possível visualizar o comparativo entre as médias brasileiras e globais.
Os países do Oeste da África tiveram a mais baixa pontuação no Índice de Saúde do Oceano. Estes países também tiveram baixa classificação no Índice de Desenvolvimento Humano, sugerindo uma relação entre um bom governo, economias fortes e litoral saudável. Por outro lado, Os locais com mais alta pontuação incluíram tanto nações densamente populosas e altamente desenvolvidas, como a Alemanha, como ilhas inabitadas, como a Ilha Jarvis, no Pacífico.
O Índice é uma importante ferramenta para políticos tomarem decisões sobre o futuro dos oceanos. As decisões de gerenciamento de recursos podem ser examinadas por grupo de metas, permitindo que os políticos avaliem a efetividade de seus compromissos.
O trabalho foi concebido a partir da ajuda de cientistas de diversas universidades, ONGs e instituições especializadas em oceanos para aumentar a consciência sobre os problemas dos oceanos, direcionar prioridades políticas e facilitar uma abordagem mais pró-ativa e inclusiva no gerenciamento dos oceanos.
Mais de 40% da população mundial vive ao longo da costa e à medida que a população mundial cresce de sete para nove bilhões, as pessoas estão tornando-se cada vez mais dependentes dos oceanos para a sua alimentação, subsistência, recreação e sustento.  No entanto, aproximadamente 84% das reservas marinhas monitoradas estão completamente exploradas, sobre exploradas ou até mesmo esgotadas. A capacidade das frotas pesqueiras do mundo é estimada em 2,5 vezes acima dos níveis de pesca sustentáveis.
“A pontuação global de 60 é uma forte mensagem de que nós não estamos gerenciando o nosso uso dos oceanos de maneira adequada,” disse Bud Ris, presidente e CEO do New England Aquarium e coautor da matéria naNature. “Há muita oportunidade para melhorias e nós esperamos que o Índice torne este ponto bastante claro”.
fonte: http://www.ciclovivo.com.br

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