Brasil irá utilizar algas como fonte de energia
Se a Agência Nacional do Petróleo aprovar, fábrica deverá sair do papel em 2013 //Crédito: Shutterstock
Iniciativa inédita irá utilizar o CO2 da fabricação do etanol para alimentar plantação de algas que serão transformadas em energia. O Brasil sempre foi um país que investiu muito na plantação de cana-de-açúcar: desde a época da colonização até hoje, essa planta molda a paisagem de diversas cidades do país. Eis que um belo dia o planeta Terra acorda e percebe que os combustíveis fósseis tradicionais não estão mais tão abundantes, prejudicam o meio ambiente e o pior: não são a alternativa mais barata. Daí surge a busca frenética por bicombustíveis, que resolve ou ameniza todos os problemas listados acima. E o Brasil, assim meio por acaso, amanheceu na crista da onda da renovação energética mundial. Do fundo do oceano pode estar surgindo um novo capítulo nessa história. A chave pode estar nas algas.
Com a produção de cana bem encaminhada, o eterno país do futuro está pensando grande. O próximo passo é usar o resíduo que não é aproveitado da fabricação do etanol para alimentar uma segunda forma de energia, vinda de um lugar não muito comum: as algas.
O único país a produzir mais biocombustível que o Brasil é os EUA, mas nós contamos com uma vantagem considerável. Com nosso solo fértil e a força do clima tropical, nossa produção é maior e mais barata que a deles. A empresa austríaca See Algae Technology está colaborando com o Brasil nessa empreitada. A ideia é pegar o excesso de dióxido de carbono - o famigerado CO2 - que sobrou da produção de etanol e usá-lo para fertilizar plantações de alga. A estratégia funciona, porque o gás acelera a fotossíntese da planta marinha.
Está nos planos construir uma fábrica de 9,8 milhões de dólares em Pernambuco (a primeira do mundo desse tipo) que deverá produzir 1,2 milhão de litros de litros de biocombustível feito de algas por ano. De quebra, o processo de transformação da cana em energia passará a agredir menos o meio ambiente: pra cada litro de etanol produzido, um quilo de CO2 é liberado na atmosfera. Usar esse problema para alimentar um novo tipo de energia é um exemplo do “jeitinho brasileiro” em seu melhor. Improviso para o bem do planeta.
Via FastCoExist
fonte: http://revistagalileu.globo.com
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