As imagens de um lixão deixam marcas em quem caminha sobre os restos produzidos pela nossa “civilização”. Mas, como, para muitos, essa é uma imagem distante, quase ficcional, vez por outra alguém se aventura a fazer essa exposição, mesmo que por meio da arte. Chamar as pessoas a refletirem sobre essa desgradável consequência do consumo é o objetivo do documentário “Trashed” – Para Onde Vai Nosso Lixo.
Dirigido por Candida Brady e estrelado pelo ator Jeremy Irons, ele está em cartaz desde dezembro nos Estados Unidos e tem estreia sul-americana prevista para o primeiro semestre de 2013. Mostra a saga do lixo produzido em todo o mundo e as consequências do descarte inadequado no meio ambiente e na saúde da população.
Em uma das primeiras cenas, o premiado ator britânico aparece rodeado de lixo na praia de Sidon, no Líbano. No cenário, uma montanha de lixo hospitalar, restos de comida, animais mortos e todo tipo de resíduo produzido pela cidade nos últimos 30 anos dão um ideia da gravidade do problema.
Dali, Irons parte para uma viagem a diversos países do Hemisfério Norte apresentando e debatendo o que devemos fazer com bilhões de toneladas de lixo que são produzidas diariamente em todo o Planeta.
O documentário exibe não apenas a situação crítica do excesso de lixo produzido em países como Líbano, Estados Unidos e Grã-Bretanha, mas também as práticas pouco inteligentes, como aterros e a combustão dos resíduos, o que acaba causando problemas ainda maiores.
Visualmente emocionalmente, o filme é tanto terrível quanto belo: um jogo de interesse humano e despertar político. Mas termina em uma mensagem de esperança: mostrando como os riscos para a nossa sobrevivência pode ser facilmente prevenidos por meio de abordagens sustentáveis, soluções que já estão sendo adotadas por algumas cidades e podem, de fato, colocar as populações no rumo certo para uma meta “Lixo Zero”.
O filme, que foi selecionado para o Festival de Cannes 2012, é reforçado por depoimentos de cientistas e de vítimas das consequências do lixo tóxico, e por números e estatísticas resultantes de anos de pesquisa da diretora.
Saiba mais em www.trashedfilm.com
publicado originalmente em: Portal EcoD
fonte: blogs.diariodonordeste.com.br/gestaoambiental
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