Lixo marinho apresenta danos econômicos significativos
O lixo marinho não causa apenas danos ambientais, mas representa também custos significativos para a indústria. O recente estudo “The economic cost and control of marine debris damage in the Asia-Pacific region” apresentou uma estimativa de que o lixo marinho na região da Ásia-Pacífico representa um custo provável de US$ 1.26 bilhões de prejuízo anual às indústrias marinhas. Opções de políticas para a redução deste custo estão sendo exploradas.
O lixo marinho, ou detrito, está espalhado globalmente. Estima-se que aproximadamente 6.4 milhões de toneladas de lixo cheguem anualmente ao oceano. Esse lixo é composto por uma ampla gama de materiais que inclui plásticos, madeira e metal, provenientes principalmente de fontes terrestres e que podem ser transportados ao redor do mundo através das correntes oceânicas.
O estudo teve seu foco nos efeitos econômicos do lixo marinho na região da Ásia-Pacífico e calculou os custos do prejuízo às indústrias marinhas para as 21 economias da região. Estima-se que as indústrias marinhas (de transporte, turismo e pesca) sejam responsáveis por 3% do PIB desta região e, de acordo com estatísticas disponíveis no Japão, acredita-se que 0.3% do PIB do setor naval seja desperdiçado devido ao fator lixo. Por exemplo, se objetos flutuantes ficam enredados nas hélices das embarcações ou se os sistemas de resfriamento de motores ficarem bloqueados, o tempo disponível para a pesca fica reduzido enquanto que os custos com manutenção e reparos aumentam. A indústria do turismo também pode ser afetada se as praias estiverem cheias de lixo, o que pode deter os visitantes ou o desenvolvimento.
Com base nestes pressupostos, o estudo estima que o custo do lixo à indústria naval seja da ordem de US$ 1.26 bilhões por ano. É bem provável que esses números estejam subestimados, uma vez que dados sobre lixo marinho são escassos. Entretanto, o estudo evidencia claramente a importância do assunto. O lixo marinho também é perigoso para a vida selvagem e pode, portanto, reduzir os serviços ecossistêmicos – e este é outro aspecto importante a ser considerado em relação aos custos indiretos, mas como não há atualmente nenhum valor de mercado para estes serviços, o estudo não calculou esses custos.
Cálculos adicionais sugerem ainda que o custo para limpar os resíduos de plástico na região, seja no mar ou nas praias, equivale a 1.500 dólares por tonelada de resíduos, em média, embora os custos de cada limpeza possa variar consideravelmente (de US$ 100 – US$ 20.000 por tonelada), dependendo do tipo de resíduo e método utilizado para sua aplicação.
Os custos do prejuízo e da limpeza precisam ser considerados em comparação com os custos de prevenção, afirmam os pesquisadores, e uma política de metas deve ser instaurada a fim de que se estabeleça um padrão optimal de lixo no mar, o que seria mais viável economicamente do que uma meta de desperdício zero.
Não é possível estimar custos de atividades preventivas nesse estágio, mas estratégias viáveis são investigadas pelo estudo, que apela para uma estratégia de política mista, isto é, aquela que considera mais as ações do que as regulamentações. As regulamentações são abordagens que favorecem políticas governamentais, de acordo com algumas circunstâncias elas simplificam a determinação de quem é a responsabilidade pelo lixo e a aplicação das multas apropriadas. Entretanto, isso está relacionado somente aos casos de lixo em solo. Se o lixo “escapa” de sua fonte, fica difícil fazer-se cumprir as regulamentações, uma vez que não se tem mais certeza sobre a sua procedência. As regulamentações podem também banir as sacolas plásticas, a reciclagem por demanda ou o financiamento de tecnologias como os coletores de águas pluviais no sistema de esgotos.
Abordagens com base em comunidades voluntárias, tais como campanhas que combatem o lixo, também são bastante populares, mas o estudo argumenta que esforços maiores são necessários para modificar o comportamento público. Instrumentos baseados no mercado são subutilizados na prevenção ao lixo marinho, mas o estudo sugere que eles poderiam representar um papel mais importante em alguns casos. Alguns instrumentos possíveis para reduzir as taxas globais de produção de resíduos incluem esquemas de reembolso de depósito, taxação de produtos de plástico para desencorajar sua compra e incentivo a utilização de embalagens recicláveis.
fonte: http://novo.maternatura.org.br/news.php?news=633
O lixo marinho não causa apenas danos ambientais, mas representa também custos significativos para a indústria. O recente estudo “The economic cost and control of marine debris damage in the Asia-Pacific region” apresentou uma estimativa de que o lixo marinho na região da Ásia-Pacífico representa um custo provável de US$ 1.26 bilhões de prejuízo anual às indústrias marinhas. Opções de políticas para a redução deste custo estão sendo exploradas.
O lixo marinho, ou detrito, está espalhado globalmente. Estima-se que aproximadamente 6.4 milhões de toneladas de lixo cheguem anualmente ao oceano. Esse lixo é composto por uma ampla gama de materiais que inclui plásticos, madeira e metal, provenientes principalmente de fontes terrestres e que podem ser transportados ao redor do mundo através das correntes oceânicas.
O estudo teve seu foco nos efeitos econômicos do lixo marinho na região da Ásia-Pacífico e calculou os custos do prejuízo às indústrias marinhas para as 21 economias da região. Estima-se que as indústrias marinhas (de transporte, turismo e pesca) sejam responsáveis por 3% do PIB desta região e, de acordo com estatísticas disponíveis no Japão, acredita-se que 0.3% do PIB do setor naval seja desperdiçado devido ao fator lixo. Por exemplo, se objetos flutuantes ficam enredados nas hélices das embarcações ou se os sistemas de resfriamento de motores ficarem bloqueados, o tempo disponível para a pesca fica reduzido enquanto que os custos com manutenção e reparos aumentam. A indústria do turismo também pode ser afetada se as praias estiverem cheias de lixo, o que pode deter os visitantes ou o desenvolvimento.
Com base nestes pressupostos, o estudo estima que o custo do lixo à indústria naval seja da ordem de US$ 1.26 bilhões por ano. É bem provável que esses números estejam subestimados, uma vez que dados sobre lixo marinho são escassos. Entretanto, o estudo evidencia claramente a importância do assunto. O lixo marinho também é perigoso para a vida selvagem e pode, portanto, reduzir os serviços ecossistêmicos – e este é outro aspecto importante a ser considerado em relação aos custos indiretos, mas como não há atualmente nenhum valor de mercado para estes serviços, o estudo não calculou esses custos.
Cálculos adicionais sugerem ainda que o custo para limpar os resíduos de plástico na região, seja no mar ou nas praias, equivale a 1.500 dólares por tonelada de resíduos, em média, embora os custos de cada limpeza possa variar consideravelmente (de US$ 100 – US$ 20.000 por tonelada), dependendo do tipo de resíduo e método utilizado para sua aplicação.
Os custos do prejuízo e da limpeza precisam ser considerados em comparação com os custos de prevenção, afirmam os pesquisadores, e uma política de metas deve ser instaurada a fim de que se estabeleça um padrão optimal de lixo no mar, o que seria mais viável economicamente do que uma meta de desperdício zero.
Não é possível estimar custos de atividades preventivas nesse estágio, mas estratégias viáveis são investigadas pelo estudo, que apela para uma estratégia de política mista, isto é, aquela que considera mais as ações do que as regulamentações. As regulamentações são abordagens que favorecem políticas governamentais, de acordo com algumas circunstâncias elas simplificam a determinação de quem é a responsabilidade pelo lixo e a aplicação das multas apropriadas. Entretanto, isso está relacionado somente aos casos de lixo em solo. Se o lixo “escapa” de sua fonte, fica difícil fazer-se cumprir as regulamentações, uma vez que não se tem mais certeza sobre a sua procedência. As regulamentações podem também banir as sacolas plásticas, a reciclagem por demanda ou o financiamento de tecnologias como os coletores de águas pluviais no sistema de esgotos.
Abordagens com base em comunidades voluntárias, tais como campanhas que combatem o lixo, também são bastante populares, mas o estudo argumenta que esforços maiores são necessários para modificar o comportamento público. Instrumentos baseados no mercado são subutilizados na prevenção ao lixo marinho, mas o estudo sugere que eles poderiam representar um papel mais importante em alguns casos. Alguns instrumentos possíveis para reduzir as taxas globais de produção de resíduos incluem esquemas de reembolso de depósito, taxação de produtos de plástico para desencorajar sua compra e incentivo a utilização de embalagens recicláveis.
fonte: http://novo.maternatura.org.br/news.php?news=633
Nenhum comentário:
Postar um comentário