terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Redução de metano e fuligem frearia aquecimento global, diz estudo

Reduzir as emissões de metano e a fuligem na atmosfera, além do dióxido de carbono (CO2), permitiria deter mais rapidamente o aquecimento global, segundo estudo publicado no dia 12 de janeiro nos Estados Unidos.
Esta medida também poderia evitar milhões de mortes anuais provocadas pela contaminação do ar, à qual contribuem em grande medida as milhões de toneladas de metano e fuligem liberadas anualmente na atmosfera pela indústria petroleira e petroquímica.

Além disso, segundo os autores deste estudo internacional, a redução destes contaminantes na atmosfera poderia melhorar a produtividade de certos cultivos, especialmente nos países em desenvolvimento.

Os benefícios econômicos resultantes das emissões de metano e fuligem compensariam amplamente os custos associados ao desenvolvimento de medidas para obter esta redução, destacaram os autores do estudo, publicado na  revista “Science”.

Reduzir a concentração de CO2, o principal gás causador do efeito estufa, responsável por 50% do fenômeno, continua sendo crucial para ajudar a reduzir o aquecimento global resultante das atividades humanas desde o começo da revolução industrial. Mas visto que o dióxido de carbono permanece durante muito tempo na atmosfera, levará décadas reduzir seu volume antes de reverter o atual processo de aquecimento global.

O metano e a fuligem, ao contrário, desaparecem mais rapidamente da atmosfera, disse Drew Shindell, climatologista da Nasa e autor principal do estudo. O metano e a fuligem contribuem com 30% e 20% ao aquecimento global.

O modelo informático usado no estudo mostra que 14 medidas, a maioria de baixo custo, como instalar um filtro de partículas nos motores a diesel, reduziriam em 0,5 grau Celsius o aquecimento esperado para 2050.


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