Apesar de conhecer como economizar água, brasileiro desperdiça valioso recurso natural
© WWF-Brasil / Sérgio Amaral
O brasileiro desperdiça água, afirma conhecer formas de economizar o recurso, mas não as coloca em prática. A pesquisa - que faz parte do “Programa Água para a Vida”, uma parceria entre o WWF-Brasil e o Grupo HSBC – mostra que 68% dos entrevistados em 26 estados do país reconhecem o desperdício como a principal causa para o problema de abastecimento de água no futuro.
Quase metade (48%) da população admite gastar água em suas casas com pouco controle. Há cinco anos, essa parcela representava 37%. Nos dois períodos, os entrevistados apontaram que diminuir o tempo de banho é a melhor forma de reduzir o consumo. No entanto, 30% informaram demorar mais de 10 minutos no banho em 2011, enquanto em 2006, 18% despendiam o mesmo tempo para a atividade. Estima-se que em um banho de 10 minutos sejam gastos 100 litros de água. Fechar a torneira ao escovar dentes, consertar vazamentos e não lavar calçadas com mangueira foram os outros meios destacados pelos quais o desperdício pode ser evitado.
Outra questão revelada pelo estudo é o baixo conhecimento sobre o consumo de água no país. Para 81% da população, residências e indústrias são os grandes usuários e apenas 16% avaliam – corretamente – que a agricultura é a grande consumidora de água no Brasil. A produção agrícola é responsável por 70% do uso do insumo e pelo maior gasto sem controle. Além disso, a indústria é vista como a maior poluidora (77%). Ainda é desconhecido, por exemplo, que a poluição das águas por uso doméstico muitas vezes supera a poluição industrial em grandes centros urbanos. “Esses dados demonstram que a percepção do problema se restringe ao ambiente onde vive a maioria da população do país: as grandes cidades. Não há uma visão integrada com a zona rural, onde estão as principais fontes do recurso, e do caminho que esta percorre até chegar às casas e apartamentos. O problema é visto da “torneira para frente” e poucos o reconhecem da “torneira para trás”, explicou Maria Cecília Wey de Brito, CEO do WWF-Brasil.
A pesquisa aponta ainda que 67% dos domicílios pesquisados no país enfrentam algum tipo de falta d’água. No Nordeste, já existe escassez constante do recurso em 29% dos domicílios. Apesar disso, o consumo médio de água diário por habitante no país (185 l) é considerado mediano, próximo do da Comunidade Europeia (200 l), mas muito distante do de regiões secas como o semiárido brasileiro, abaixo de 100 l, e partes da África subsaariana, abaixo de 50 l.
O levantamento mostrou também que 87% das pessoas não conhecem a Agência Nacional de Águas (ANA), órgão regulador do recurso criado pelo governio federal em 2000, e o desmatamento foi apontado apenas por 1% dos entrevistados como uma das causas do agravamento do problema da água no país. “O tema de água doce, seus problemas e oportunidades ainda precisam ser melhor compreendidos pelo cidadão brasileiro. A urbanização crescente nas últimas décadas fez com que mais de 80% da população passasse a morar nas cidades. O descompasso entre o reconhecimento do problema e a tomada de atitudes precisa ser compreendida. A visão sobre a água é limitada, assim como a percepção dos seus problemas”, completa Maria Cecília.
A pesquisa, encomendada pelo WWF-Brasil ao Ibope, ouviu 2.002 pessoas em novembro de 2011 em 26 estados da federação.
Programa HSBC pela Água
Uma parceria entre o Grupo HSBC , WWF, WaterAid e Earthwatch , o programa tem o objetivo de trabalhar com o fornecimento, proteção e educação sobre a água, em cinco bacias de importância estratégica em nível mundial e onde vivem um bilhão de pessoas: a do Yangtze, na China; do Ganges, na Índia; do Mekong, que se expande por territórios da China, Tailândia, Laos , Camboja e Vietnã; do Leste Africano, nas bacias do Ruaha e Mara dividido entre o Quênia e a Tanzânia, e o Pantanal, em terras brasileiras, resultando em um dos projetos ambientais mais inovadores realizado por uma organização financeira.
Quase metade (48%) da população admite gastar água em suas casas com pouco controle. Há cinco anos, essa parcela representava 37%. Nos dois períodos, os entrevistados apontaram que diminuir o tempo de banho é a melhor forma de reduzir o consumo. No entanto, 30% informaram demorar mais de 10 minutos no banho em 2011, enquanto em 2006, 18% despendiam o mesmo tempo para a atividade. Estima-se que em um banho de 10 minutos sejam gastos 100 litros de água. Fechar a torneira ao escovar dentes, consertar vazamentos e não lavar calçadas com mangueira foram os outros meios destacados pelos quais o desperdício pode ser evitado.
Outra questão revelada pelo estudo é o baixo conhecimento sobre o consumo de água no país. Para 81% da população, residências e indústrias são os grandes usuários e apenas 16% avaliam – corretamente – que a agricultura é a grande consumidora de água no Brasil. A produção agrícola é responsável por 70% do uso do insumo e pelo maior gasto sem controle. Além disso, a indústria é vista como a maior poluidora (77%). Ainda é desconhecido, por exemplo, que a poluição das águas por uso doméstico muitas vezes supera a poluição industrial em grandes centros urbanos. “Esses dados demonstram que a percepção do problema se restringe ao ambiente onde vive a maioria da população do país: as grandes cidades. Não há uma visão integrada com a zona rural, onde estão as principais fontes do recurso, e do caminho que esta percorre até chegar às casas e apartamentos. O problema é visto da “torneira para frente” e poucos o reconhecem da “torneira para trás”, explicou Maria Cecília Wey de Brito, CEO do WWF-Brasil.
A pesquisa aponta ainda que 67% dos domicílios pesquisados no país enfrentam algum tipo de falta d’água. No Nordeste, já existe escassez constante do recurso em 29% dos domicílios. Apesar disso, o consumo médio de água diário por habitante no país (185 l) é considerado mediano, próximo do da Comunidade Europeia (200 l), mas muito distante do de regiões secas como o semiárido brasileiro, abaixo de 100 l, e partes da África subsaariana, abaixo de 50 l.
O levantamento mostrou também que 87% das pessoas não conhecem a Agência Nacional de Águas (ANA), órgão regulador do recurso criado pelo governio federal em 2000, e o desmatamento foi apontado apenas por 1% dos entrevistados como uma das causas do agravamento do problema da água no país. “O tema de água doce, seus problemas e oportunidades ainda precisam ser melhor compreendidos pelo cidadão brasileiro. A urbanização crescente nas últimas décadas fez com que mais de 80% da população passasse a morar nas cidades. O descompasso entre o reconhecimento do problema e a tomada de atitudes precisa ser compreendida. A visão sobre a água é limitada, assim como a percepção dos seus problemas”, completa Maria Cecília.
A pesquisa, encomendada pelo WWF-Brasil ao Ibope, ouviu 2.002 pessoas em novembro de 2011 em 26 estados da federação.
Programa HSBC pela Água
Uma parceria entre o Grupo HSBC , WWF, WaterAid e Earthwatch , o programa tem o objetivo de trabalhar com o fornecimento, proteção e educação sobre a água, em cinco bacias de importância estratégica em nível mundial e onde vivem um bilhão de pessoas: a do Yangtze, na China; do Ganges, na Índia; do Mekong, que se expande por territórios da China, Tailândia, Laos , Camboja e Vietnã; do Leste Africano, nas bacias do Ruaha e Mara dividido entre o Quênia e a Tanzânia, e o Pantanal, em terras brasileiras, resultando em um dos projetos ambientais mais inovadores realizado por uma organização financeira.
fonte: WWF BRASIL
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