domingo, 21 de outubro de 2012


Cinco Barcos de garrafas PET serão usados na APA do Rio Mundaú


Cinco barcos confeccionados com garrafas PET, pela comunidade do Mundaú, foram entregues hoje, 20 de outubro, às 16horas, no clube Ronco do Mar, em Trairi, litoral oeste do Ceará. Eles serão utilizados na Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio que dá nome ao município, conforme destaca a supervisora da Apa do estuário, Ana Michelle da Cruz Silva. Este projeto é uma compensação ambiental da Petrobras.

Somente em Trairi, foram coletadas quatro mil garrafas PET das praias, pela própria comunidade, e 16 pessoas fizeram o curso que entra agora na fase final. A OAK Soluções ambientais foi a empresa que projetou e ensinou a fabricação das embarcações.
O barco utiliza garrafas plásticas do tipo PET (polietileno tereftalato) como elementos de flutuação e piso e outros materiais em sua composição, tais como kits de peças pré-fabricadas, encomendados de outros profissionais, como os bicos de madeira e as ripas laterais de contenção das garrafas.
Compensação
Ana Michelle explicou que de acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), as comunidades que habitam ou trabalham na área de influência das atividades petrolíferas marinhas, devem ser compensadas por eventuais impactos decorrentes desses empreendimentos.
O Plano de Compensação da Atividade Pesqueira (PCAP) e o Programa de Educação Ambiental (PEA) são condicionantes estabelecidos pelo órgão ambiental com base nesta concepção. As comunidades de Trairi (Mundaú e Canabrava) escolheram esse projeto, após um diagnóstico participativo dos problemas socioambientais locais.
A escolha do projeto pela Petrobras decorreu da proposição da escolha do reúso do PET, um produto industrial emblemático na questão ambiental, que por sua resistência e baixo preço torna-se um dos resíduos mais abundantes encontrados em praias, mangues, rios, lixões e bueiros das localidades-alvo, criando inúmeros problemas, inclusive de saúde pública; e o incentivo ao desenvolvimento da cultura do reaproveitamento, podendo ser estendido à confecção de outros objetos usados na atividade pesqueira.
fonte: blogs.diariodonordeste.com.br/gestaoambiental/

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