Estudo do Pnuma alerta para risco de ‘falência’ de água em várias regiões do planeta
Imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLr-Sl6neGEl0S8BLLoMs3aa9pMn2-0WpS1xN4GURDnKbNbaciWO5Ye54dZrUUvH-b9zMLBcXeSqaoJljCbZ1xmxSOWH0PEN2BB-ynwkjrUQIfWBeGErnRJCye75r2wTSojQKWPa2Do5eR/s1600/15837023_c157ca48c0.jpg
Um estudo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) em parceria com outras instituições avaliou cerca de 200 projetos ligados à água realizados nos últimos 20 anos em todo o planeta. O relatório ('Science Working Groups - Groundwater, Lakes, River Basins, Land-based Pollution Sources, and Large Marine Ecosystems and the Open Ocean') alerta para o risco de uma “falência” da água em várias regiões do globo. Entre os fatores que geram problemas, o Pnuma destaca políticas e decisões erradas tomadas por agentes sociais, como governos, empresas e organizações locais de comércio, de pescadores ou agricultores.
O impacto dessa “falência” é negativo “para a segurança alimentar e de energia, para a adaptação às mudanças climáticas, para o crescimento econômico e para a segurança humana”, aponta o estudo.
Um dos exemplos é o Lago Chade, um dos maiores da África e importante economicamente para a população de quatro países: Camarões, Níger, Nigéria e Chade. De acordo com a pesquisa, o lago encolheu consideravelmente nos últimos 40 anos e está mais raso, com profundidade de 11 metros. O uso intensivo das águas para irrigação desde a década de 1970 e a pesca local contribuíram para a diminuição do lago, que também não tem sido abastecido com chuvas como era no passado. Os agricultores que precisam dele para suas plantações correm risco se o nível de espelho d’água não for recuperado, aponta o levantamento.
Uma questão sensível para o Brasil, que abriga boa parte do Aquífero Guarani, uma das maiores reservas naturais de água do mundo, é a dificuldade que a população local e o poder público de vários países têm para entender a limitação da capacidade de recuperação dos aquíferos, aponta o levantamento.
Bacias hidrográficas têm sofrido pressão crescente devido à urbanização das cidades, aumentando a escassez de água e a baixa qualidade do líquido disponível, segundo o estudo.
A queda no nível de oxigênio dissolvido nos oceanos também preocupa os autores. Em 2008, mais de 400 “zonas mortas” marítimas foram identificadas, totalizando 245 mil km² de áreas com pouco ou nenhum oxigênio disponível para a vida marinha.
No total, os projetos estudados tiveram mais de US$ 7 bilhões investidos, de acordo com o Pnuma. Casos bem-sucedidos também são analisados, como o manejo da bacia do Rio da Prata, que inclui países da América do Sul como Argentina e Brasil.
Clique aqui para ver o conjunto de relatórios, em inglês.
fonte: novo.maternatura.org.br
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Um estudo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) em parceria com outras instituições avaliou cerca de 200 projetos ligados à água realizados nos últimos 20 anos em todo o planeta. O relatório ('Science Working Groups - Groundwater, Lakes, River Basins, Land-based Pollution Sources, and Large Marine Ecosystems and the Open Ocean') alerta para o risco de uma “falência” da água em várias regiões do globo. Entre os fatores que geram problemas, o Pnuma destaca políticas e decisões erradas tomadas por agentes sociais, como governos, empresas e organizações locais de comércio, de pescadores ou agricultores.
O impacto dessa “falência” é negativo “para a segurança alimentar e de energia, para a adaptação às mudanças climáticas, para o crescimento econômico e para a segurança humana”, aponta o estudo.
Um dos exemplos é o Lago Chade, um dos maiores da África e importante economicamente para a população de quatro países: Camarões, Níger, Nigéria e Chade. De acordo com a pesquisa, o lago encolheu consideravelmente nos últimos 40 anos e está mais raso, com profundidade de 11 metros. O uso intensivo das águas para irrigação desde a década de 1970 e a pesca local contribuíram para a diminuição do lago, que também não tem sido abastecido com chuvas como era no passado. Os agricultores que precisam dele para suas plantações correm risco se o nível de espelho d’água não for recuperado, aponta o levantamento.
Uma questão sensível para o Brasil, que abriga boa parte do Aquífero Guarani, uma das maiores reservas naturais de água do mundo, é a dificuldade que a população local e o poder público de vários países têm para entender a limitação da capacidade de recuperação dos aquíferos, aponta o levantamento.
Bacias hidrográficas têm sofrido pressão crescente devido à urbanização das cidades, aumentando a escassez de água e a baixa qualidade do líquido disponível, segundo o estudo.
A queda no nível de oxigênio dissolvido nos oceanos também preocupa os autores. Em 2008, mais de 400 “zonas mortas” marítimas foram identificadas, totalizando 245 mil km² de áreas com pouco ou nenhum oxigênio disponível para a vida marinha.
No total, os projetos estudados tiveram mais de US$ 7 bilhões investidos, de acordo com o Pnuma. Casos bem-sucedidos também são analisados, como o manejo da bacia do Rio da Prata, que inclui países da América do Sul como Argentina e Brasil.
Clique aqui para ver o conjunto de relatórios, em inglês.
fonte: novo.maternatura.org.br
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