sexta-feira, 7 de setembro de 2012


Fortaleza sediará Conferência da ONU sobre Combate à Desertificação

Kelly Garcia / Diário do Nordeste


A desertificação não está relacionada apenas à falta de
chuva, mas à degradação do solo Foto: sxc.hu
A 2ª Conferência Científica da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Combate à Desertificação (UNCCD) será realizada em Fortaleza, de 4 a 8 de fevereiro de 2013, no Centro de Eventos do Ceará. O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antônio Raupp, lançou oficialmente o evento no Palácio da Abolição, sede do Governo do Estado do Ceará, na última quinta-feira (23 de agosto).

Segundo o ministro, Fortaleza foi escolhida para sediar o evento por já ter sido sede de dois outros encontros importantes, aConferência Internacional sobre Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável em Regiões Semiáridas (Icid) de 1992 e 2010.
O governo estadual será um dos financiadores do evento, em parceria com o governo federal e a ONU. A parte das Nações Unidas, será de aproximadamente US$ 2 milhões. Já o governo federal vai contribuir com US$ 600 mil, a serem cobertos pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Ministério da Integração nacional (MI).
O foco temático da UNCCD será “Avaliação econômica da desertificação, da gestão sustentável da terra e da resiliência de zonas áridas, semiáridas e sub-úmidas secas”. Os interessados em apresentar trabalhos científicos devem fazer suas inscrições até o dia 31 de agosto próximo. O site para envio dos resumos é o http://2sc.unccd.int
Desertificação no Ceará
No Estado, os dados mais recentes relativos à desertificação datam de 2004, quando foi feito um estudo específico pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) sobre áreas de oito municípios do médio Jaguaribe. De acordo com o presidente da Funceme, Eduardo Martins, a cidade de Jaguaribe é a que tem a situação mais preocupante, com cerca de 23,54% do território do município em processo avançado de desertificação.
Segundo o documento, também existem grandes áreas degradadas nos municípios de Jaguaretama (17%), São João do Jaguaribe (8,74%), Jaguaribara (8,4%), Alto Santo (7,02%), Iracema(2,75%),Potiretama(3,34%), Morada Nova (1,38%) e Limoeiro do Norte (0,38%).
Ainda de acordo com o presidente da Funceme, não há previsão para quando estes estudos deverão ser atualizados.
Antes da 2ª Conferência Científica da ONU, irá acontecer, em Sobral, entre os dias 30 de janeiro e 1º de fevereiro, a Conferência Latino-Americana e Caribenha sobre Desertificação. A intenção é reunir algumas propostas para serem apresentadas durante o evento maior de fevereiro.
Fonte: http://blogs.diariodonordeste.com.br/gestaoambiental/

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