Uso de gases que destroem ozônio volta a subir após 2006, diz IBGE
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A emissão de gases que destroem a camada de ozônio caiu 90% entre 1992 e 2010, segundo um relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta segunda-feira (18) durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. No entanto, mesmo após mais de uma década de queda, o uso dessas substâncias voltou a crescer após 2006.
O estudo “Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2012” analisaram o país em quatro esferas: ambiental, social, econômica e institucional.
A camada de ozônio fica na alta atmosfera terrestre e protege o planeta da maior parte dos raios ultravioleta vindos do Sol, que podem causar câncer de pele e fazem mal à biodiversidade.
Em 1987, os países do mundo se comprometeram no Protocolo de Montreal a reduzir o uso de gases que afetam essa proteção – os principais são os CFCs, ou “clorofluorcarbonos”, usados em latas de spray e para refrigeração.
O Protocolo de Montreal é considerado um dos tratados internacionais de maior sucesso da história. Desde sua assinatura, o uso de CFCs caiu vertiginosamente no mundo. Com isso, o buraco na camada de ozônio começou a diminuir. Estudos indicam que a proteção pode se recuperar até o final do século.
No Brasil, essa redução é apresentada nos dados do IBGE. Em 2000, o país emitiu mais de 11 mil toneladas “PDO” – termo que significa “potencial de destruição de ozônio” – desses gases. Em 2010, esse número caiu para 1.200 toneladas PDO. A redução mais expressiva foi exatamente nos CFCs, que caíram de 9.278 toneladas PDO para “- 14” (o número negativo representa a quantidade que foi exportada ou destruída).
No entanto, enquanto o uso dos CFCs caiu, cresceram as emissões de outro tipo de gás, que tem a mesma função, mas causa menos mal à camada protetora. São os “HCFCs”, ou “hidroclorofluorcarbonos”). De 623 toneladas PDO em 2000, o número passou para 1.270 toneladas PDO.
Embora causem menos dano ao ozônio, os HCFCs são gases de efeito estufa extremamente potentes -- ou seja, eles aumentam o aquecimento global induzido pelo homem. Alguns deles chegam a ter um efeito até 10 mil vezes mais forte do que o dióxido de carbono, famoso como o grande vilão do aquecimento planetário.
O IBGE também avaliou as emissões de gases estufa, que continuam crescendo, mas de maneira mais lenta. Somente o desmatamento na Amazônia e as queimadas no Cerrado são responsáveis por mais de 50% das emissões brasileiras. É por causa delas que o Brasil se encontra na lista dos maiores emissores desse tipo de gás do mundo.
fonte: g1.globo.com/natureza
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