domingo, 7 de julho de 2013

Inundações atingem 250 milhões de pessoas por ano no mundo, calcula ONU

A representante especial do secretário-geral da ONU para a redução de risco de desastres, Margareta Wahlström, ressaltou nesta terça-feira (25) que este ano representará “a virada” na maneira como governos enxergam e respondem aos desastres climáticos extremos, especialmente às inundações, que atualmente afetam vários países em todo o mundo.

De acordo com a Estratégia Internacional das Nações Unidas para a Redução de Desastres (UN/ISDR), cerca de 250 milhões de pessoas foram afetadas anualmente por inundações ao longo dos últimos dez anos. As enchentes são atualmente o risco de desastre mais generalizado e crescente aos assentamentos urbanos de diferentes tamanhos.
“A Índia, Nepal, Canadá e muitos países da Europa têm experimentado grandes perdas nos últimos dois meses por causa de eventos de precipitação intensa, provocando inundações extremas que afetam o bem-estar e as condições de vida milhões de pessoas”, disse Wahlström.
De acordo com relatos da mídia, acredita-se que as chuvas de monção na Índia em 2013 sejam as mais pesadas dos últimos 80 anos. Mais de 600 pessoas morreram nas enchentes, enquanto 80 mil foram resgatadas. Cerca de 7 mil pessoas ainda estão isoladas nas montanhas após enchentes e deslizamentos de terra.
“A perda chocante de vida na Índia sublinha a importância vital de começar o planejamento para futuros cenários que estejam muito distantes de qualquer coisa que tenhamos experimentado no passado”, acrescentou Wahlström.
Na província canadense de Alberta, mais de 100 mil pessoas foram forçadas a fugir de suas casas este mês em razão das enchentes provocadas por chuvas torrenciais. As inundações atingiram estradas e pontes, cortaram a eletricidade e centenas de casas ficaram debaixo d’água.
Dentre os principais fatores que contribuem para esses problemas, estão a falta de planejamento urbano, que aumenta o risco de enchente por causa da inadequada mudança no uso da terra. Além disso, a drenagem, saneamento e infraestrutura de resíduos sólidos mal conservadas são outros fatores de preocupação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário