domingo, 7 de julho de 2013

Reciclagem de PET cresceu 12,6% em um ano

Censo realizado pela Abipet mostra que, mesmo sem sistema de coleta seletiva, o Brasil deu destinação correta a 331 mil toneladas de produto em 2012 FOTO: ALEX PIMENTEL / AGÊNCIA DIÁRIO
O censo realizado pela Abipet mostra que, mesmo sem sistema de coleta seletiva, o Brasil deu destinação correta a 331 mil toneladas de produto em 2012 FOTO: ALEX PIMENTEL / AGÊNCIA DIÁRIO

reciclagem de embalagens de PET (Politereftalato de etileno) no Brasil deu um salto em 2012 e cresceu 12,6% em volume, ao passar das 294 mil toneladas que tiveram destinação adequada em 2011, para 331 mil toneladas no ano passado.
Com esse resultado, o País atingiu um índice de reciclagem de 59%, mantendo excelente posicionamento como um dos maiores recicladores de PET do mundo – superando os Estados Unidos e até mesmo a média registrada na Europa.

Os números do 9.º Censo da Reciclagem do PET no Brasil foram divulgados ontem (26 de junho), pela Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), durante o PETtalk 2013 – Conferência Internacional da Indústria do PET, realizado em São Paulo.
“Os números demonstram que existe uma demanda muito forte pelo PET reciclado, criada por um trabalho do próprio setor, que investe continuamente em inovação e novas aplicações para o material reciclado. Esse trabalho criou um ciclo virtuoso. Todo PET coletado tem destinação adequada garantida por uma indústria forte, diversificada e ávida por essa matéria-prima”, afirmou Auri Marçon, presidente da Abipet.
setor têxtil continua sendo o principal consumidor do PET reciclado, com 38,2% de participação, seguido das resinas insaturadas e alquídicas, com 23,9%. Outras embalagens (alimentos e não-alimentos) consomem 18,3% do volume reciclado. Laminados e chapas (6,4%), fitas de arquear (5,5%) e tubos (1,5%) são os outros principais mercados. Os 6,1% restantes ainda abastecem uma lista ampla de pequenas aplicações.
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O desafio da coleta seletiva
O presidente da Abipet, no entanto, chamou a atenção para a necessidade de suprir essa demanda aquecida, sob pena de impacto no preço do produto coletado e consequente comprometimento da sustentabilidade do negócio.
“O Brasil precisa investir em coleta seletiva, para que a indústria não seja prejudicada. Em muitos períodos do ano, as empresas recicladoras continuam com ociosidade que chega a 30% de sua produção, porque não encontram embalagem pós-consumo para reciclar”, alertou Marçon.
A solução, apontou o executivo, é estimular as prefeituras a implantar, o mais rápido possível, acoleta seletiva e a separação das embalagens recicláveis, de forma a aumentar a recuperação do material descartado pela sociedade.
“Isso, na verdade, é o que prega a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que exige responsabilidade compartilhada entre a sociedade civil, o setor privado e também do poder público. A indústria do PET investiu fortemente em reciclagem e hoje esses recicladores passam por um momento difícil, por não terem coleta suficiente para abastecer suas fábricas”, concluiu o presidente da Abipet.

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